Rússia envia cinco aviões com ajuda de emergência para Beirute
Moscovo vai enviar cinco aviões de carga com ajuda de emergência para a capital do Líbano onde violentas explosões fizeram pelo menos 100 mortos e quatro mil feridos na terça-feira.
O ministro para as Situações de Emergência da Rússia disse hoje que o país vai enviar pessoal médico, hospitais de campanha e um laboratório para testes de SARS CoV-2.
A Rússia junta-se assim a outros países, como a França, a Jordânia ou a Holanda, que anunciaram hoje de manhã o envio de auxílio para capital libanesa.
Mais de uma centena de pessoas morreram e mais de quatro mil ficaram feridas nas duas violentas explosões que sacudiram na terça-feira o porto de Beirute, capital do Líbano, de acordo com um novo balanço da Cruz Vermelha.
Explosão em Beirute matou mais de 100 e feriu 4 mil
Números são avançados pela Cruz Vermelha
"Até agora, mais de quatro mil pessoas ficaram feridas e mais de 100 morreram. As nossas equipas continuam as operações de busca e salvamento nas áreas circundantes", informou a Cruz Vermelha libanesa, em comunicado.
Fontes da presidência francesa indicaram hoje que dois aparelhos militares, um A400M e um MRTT, vão transportar 55 pessoas e 15 toneladas de material para Beirute, assim como uma unidade sanitária que pode prestar cuidados a 500 feridos.
Os aviões militares devem partir de Paris ao fim da manhã devendo chegar a Beirute ao final da tarde.
A França vai enviar também mais uma dezena de médicos e enfermeiros especializados em situações de emergência para reforçarem os hospitais e as equipas locais.
24 imagens das explosões em Beirute
Duas fortes explosões sucessivas sacudiram Beirute, capital do Líbano, semeando o pânico. São as imagens que marcaram a terça-feira.
A Jordânia anunciou que vai enviar um hospital de campanha e equipas médicas de socorro.
O governo holandês enviou de madrugada 67 profissionais especializados em missões humanitárias, incluindo médicos e enfermeiros, para ajudar nos trabalhos de busca e resgate das vítimas da explosão.
De acordo com a ministra holandesa para a Cooperação e Desenvolvimento, Sigrid Kaag, a equipa que já se encontra em Beirute tem "uma especial experiência na busca de sobreviventes soterrados em escombros".
Anteriormente, o Egito iniciou a instalação de um outro hospital de campanha para receber as vítimas da explosão que precisam de tratamento urgente.
Também a República Checa fez saber que o Líbano aceitou o envio de 37 especialistas em resgates e equipas de cães treinados para detetar pessoas soterradas.
Governo sem registo de portugueses entre vítimas mortais das explosões em Beirute
O Governo português não tem indicações de que haja cidadãos nacionais entre as vítimas mortais das explosões que hoje sacudiram Beirute, capital do Líbano, disse à Lusa a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes.
A Dinamarca vai também enviar material humanitário e a Grécia também se dispôs a ajudar "com aquilo que seja possível.
O Governo português indicou na terça-feira não ter indicações de que haja cidadãos nacionais entre as vítimas.
As violentas explosões deverão ter tido origem em materiais explosivos confiscados e armazenados há vários anos no porto da capital libanesa.
O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, revelou que cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amónio estavam armazenadas no depósito do porto de Beirute que explodiu.