Mundo

Saiba o que é notícia hoje

Mundo está de olhos postos no Líbano

None

As consequências das explosões que sacudiram terça-feira o porto de Beirute, semeando o pânico e causando um enorme cogumelo de fumo no céu da cidade, vão marcar hoje a atualidade.

Várias horas depois das explosões, dezenas de ambulâncias ainda continuavam a transportar feridos, enquanto helicópteros do exército ajudavam a combater os incêndios provocados pelas explosões, que se fizeram sentir por toda a cidade, destruindo casas e lojas.

As violentas explosões deverão ter tido origem em materiais explosivos confiscados e armazenados há vários anos no porto da capital libanesa.

O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, revelou que cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amónio estavam armazenadas no depósito do porto de Beirute que explodiu, causando dezenas de mortos e milhares de feridos.

"É inadmissível que um carregamento de nitrato de amónio, estimado em 2.750 toneladas, estivesse há seis anos num armazém, sem medidas de precaução. É inaceitável e não podemos calar-nos sobre esta questão", disse o primeiro-ministro durante a reunião do Conselho Superior de Defesa, segundo relato de um porta-voz em conferência de imprensa.

O nitrato de amónio é um fertilizante químico e também é um componente de explosivos.

Chefes de Estado e de governo de todo o mundo estão a enviar condolências e a anunciar que pretendem ajudar o Líbano.

Vários 'capacetes azuis' da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL) ficaram hoje gravemente feridos nas duas explosões.

As explosões deixaram alguns elementos da força de missão da ONU gravemente feridos e o navio em que se encontravam, atracado no porto da capital libanesa, danificado, adiantou hoje a FINUL, em comunicado.

Presente no Líbano desde 1978, a força da ONU informou ainda que está a transportar os feridos para "os hospitais mais próximos", sem fornecer dados sobre a identidade ou a nacionalidade das vítimas.

Entretanto, o Governo português indicou não ter indicações de que haja cidadãos nacionais entre as vítimas mortais das explosões que sacudiram Beirute, capital do Líbano, disse à Lusa a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes.

"Até ao momento, não temos nenhuma informação sobre qualquer português que tenha falecido ou que esteja gravemente ferido", disse Berta Nunes numa chamada telefónica com a Lusa, acrescentando: "Também não temos reporte de feridos ligeiros, apenas de danos materiais".

A secretária de Estado das Comunidades referiu que a Embaixada de Portugal em Nicósia, no Chipre, "está a contactar todos os portugueses inscritos no consulado e que têm contacto" e que, "de uma forma geral, nas mensagens recebidas, estão todos bem".

CULTURA

O festival de cinema de Locarno, na Suíça, arranca hoje em moldes diferentes do habitual, por causa da pandemia da covid-19, com exibição 'online' e uma programação a pensar no futuro, que contará com algumas coproduções portuguesas.

Em alternativa ao formato tradicional, o festival lançou a iniciativa "Locarno 2020, O Futuro dos Filmes", para vinte projetos cinematográficos de "realizadores que foram forçados a parar de trabalhar por causa da pandemia".

Neste programa há quatros projetos cinematográficos com produção portuguesa, que concorrem a um prémio monetário de 65 mil euros: "Selvajaria", de Miguel Gomes, "Eureka", de Lisandro Alonso, "When the waves are gone", de Lav Diaz, e "Far West", de Pierre-François Sauter.

Os realizadores selecionados para este programa puderam ainda escolher filmes que recordarão toda a história de Locarno. Miguel Gomes escolheu "O bobo", de José Álvaro Morais, e Wang Bing sugeriu "Cavalo Dinheiro", de Pedro Costa, que também serão exibidos 'online'.

Na competição deste ano há também três curtas-metragens com coprodução portuguesa: "Nha Mila", da realizadora portuguesa Denise Fernandes, "An act of affection", do vietnamita Viet Vu, "Espíritos e rochas: Um mito açoriano", de Aylin Gokmen, rodado nos Açores, às quais se junta "Um tordo batendo as asas contra o vento", do suíço Alexandre Haldemann.

O espetáculo "La Melancolia del Turista", pela companhia mexicana e espanhola Oligor y Microscopia, abre hoje o Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas (FIMFA), numa edição possível em contexto de pandemia, a que os organizadores chamaram Descon'FIMFA.

Descon'FIMFA Lx20 é uma produção da companhia A Tarumba - Teatro de Marionetas, com direção artística de Luís Vieira e Rute Ribeiro, que este ano terá uma "edição especial de verão" entre hoje e 05 de setembro, em Lisboa, e não em maio como é habitual.

Durante um mês, irão passar pelo Teatro do Bairro, Teatro Taborda e Castelo de S. Jorge, oito projetos de quatro nacionalidades: Portugal, Espanha, México e Bélgica.

Na abertura do Festival, o palco do Teatro do Bairro recebe Jomi Oligor, dos irmãos Oligor (Espanha), e Shaday Larios, da Microscopía Teatro (México), que apresentam em estreia nacional "La Melancolía del Turista", uma viagem em torno da vida secreta dos objetos, das paisagens e dos paraísos perdidos.

PAÍS

A população de Vizela, no distrito de Braga, realiza hoje uma vigília contra a poluição no rio que atravessa o concelho, depois de análises realizadas indicarem que a estação de tratamento de Sarzedo está a contaminar a água.

Segundo a autarquia, os resultados das análises realizadas em julho às amostras captadas à saída da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Serzedo, no concelho de Guimarães, alguns quilómetros a montante da cidade de Vizela, indicam valores acima do permitido, em termos microbiológicos e químicos.

A Câmara de Vizela anunciou que os resultados vão ser enviados a Agência Europeia do Ambiente e comissário do Ambiente, acompanhados de vídeos e fotografias que mostram alegadas descargas poluentes efetuadas por aquele equipamento.

A vigília realiza-se à porta da ETAR de Sarzedo ao fim da tarde.

Fechar Menu