Coronavírus 5 Sentidos

Bienal de Veneza começa hoje com as 'musas inquietas' da História das artes

None
Foto Facebook da Biennale di Venezia

A Bienal de Veneza abre hoje uma exposição dedicada aos arquivos históricos da arte contemporânea sob o mote 'As Musas Inquietas', com a colaboração de todas as áreas artísticas do evento internacional.

Neste 125.º aniversário da fundação, a bienal apresenta 'Veneza encontra-se com a História', uma exposição que decorrerá no Pavilhão Central dos Giardini até 08 de Dezembro.

Apesar de a pandemia ter forçado adiamento da 17.ª Bienal de Arquitectura de Veneza, que deveria decorrer entre Agosto e Novembro deste ano, para 2021 e, consequentemente, da 59.ª Bienal de Arte para 2022, os festivais dedicados à dança, música e teatro vão realizar-se entre Setembro e Outubro.

Nesta primeira exposição que terá a curadoria de todos os directores artísticos da bienal, os seus seis departamentos usaram os arquivos históricos da organização, e de outras entidades italianas e estrangeiras para traçar os momentos-chave do evento ao longo do século XX.

Cecilia Alemani (arte), Alberto Barbera (cinema), Marie Chouinard (dança), Ivan Fedele (música), Antonio Latella (teatro) e Hashim Sarkis (arquitetura) seleccionaram materiais provenientes de entidades culturais como a Galeria Nacional de Arte Moderna de Roma, a Colecção Peggy Guggenheim, a Fundação Ugo e Olga Levi, o Centro Experimental de Cinematografia de Roma e a Tate Modern de Londres, no Reino Unido.

Em Junho, numa conferência de imprensa 'on-line', o presidente da Bienal de Veneza, Roberto Cicutto, rejeitou a ideia de apresentar as programações de teatro, dança e música, previstas para Setembro e Outubro, apenas digitalmente, porque "estas artes vivas precisam de público".

Devido ao impacto da pandemia da covid-19, os festivais de teatro e de dança da Bienal de Veneza, previstos para Junho e Julho, tiveram de ser alterados nas suas datas.

Antonio Latella, director do departamento de teatro, disse, na conferência de imprensa, que esta edição do Festival de Teatro - de 14 a 24 de Setembro - terá como título 'Nascondi(no)' ('Hide-and-seek', em inglês, num jogo de palavras com o sentido de escondido, oculto), e irá apresentar 28 estreias mundiais e 40 performances.

Por seu turno, o compositor Ivan Fedele, director do departamento de música, cujo festival está previsto para decorrer entre 25 de Setembro e 04 de Outubro, anunciou que o certame terá como título 'Encontros', e irá apresentar 15 peças em estreia mundial e 13 em estreia em Itália.

O título do festival, 'Encontros', foi definido antes da pandemia, comentou o responsável, sublinhando que muitos dos músicos que são apresentados têm a sua plataforma de lançamento durante a bienal.

Quanto ao Festival de Dança, dirigido pela quarta vez pela canadiana Marie Chouinard, previsto para decorrer de 13 a 25 de Outubro, apresentará 23 peças de dança - sete em estreia mundial - e 'performances' de 19 coreógrafos.

Sob o tema 'And Now' ('E agora', em tradução livre), o festival centra-se na frase que antecede a apresentação de um artista, "quando a cortina sobe".

Com curadoria de Hashim Sarkis, sob o tema 'Como vamos viver juntos?', a 17.ª Bienal de Arquitectura de Veneza, que deveria decorrer entre 29 de Agosto e 29 de Novembro de 2020, foi adiada para 2021, decorrendo entre 22 de Maio e 21 de Novembro.

Quanto à 59.ª Bienal de Arte, com curadoria de Cecilia Alemani, que deveria acontecer em 2021, é adiada para 2022, e terá a duração de sete meses, ocorrendo entre 23 de Abril e 27 de Novembro, segundo a organização.

Portugal estaria presente na 17.ª edição da Bienal de Arquitectura com o projecto 'In Conflict', do colectivo de arquitectos depA, do Porto, e que pretende responder à pergunta colocada pelo curador sobre 'Como vamos viver juntos?'.

Fechar Menu