Cerca de 9.000 luso-venezuelanos terão regressado à Madeira
Na Venezuela, cerca de 90% da comunidade portuguesa tem origem na Madeira e estima-se que sejam cerca de 400 mil pessoas. Desses, segundo o cônsul geral de Portugal em Caracas, 9.000 terão regressado à Região.
Licínio Bingre do Amaral foi recebido, hoje, pelo director regional das Comunidades e Cooperação Externa, para apresentação de cumprimentos e discussão de alguns problemas que afectam a comunidade.
“Com a pandemia, temos tido o espaço aéreo da Venezuela fechado e Portugal já organizou dois voos de repatriamento e, provavelmente rm Setembro, irá organizar um terceiro”, informa.
Mais de metade dos passageiros destes voos têm como destino a Madeira. Muitos são estudantes que frequentam estabelecimentos de ensino superior.
“Neste momento temos cerca de 470 pessoas em lista de espera e ao mesmo tempo há vários luso-venezuelanos que residem cá e querem regressar à Venezuela”, adianta o cônsul geral.
Questionado sobre os regressos a Portugal de emigrantes, admite que foram alguns milhares.
“Só para a Madeira vieram cerca de 9.000 pessoas. Começaram a ver aumentar a insegurança e algumas dificuldades económicas e procuram outras condições”.
O consulado está a responder aos pedidos de renovação de documentos, garante.
O director regional das Comunidades e Cooperação Externa, Rui Abreu, destacou a importância da abertura do espaço aéreo venezuelano,
“Prevemos que possa vir a acontecer a partir do mês do Outubro e possa regressar alguma normalidade”, admite.
Sobre os voos directos para a Madeira, lembra que todo o processo foi afectado pela pandemia.
“Antes de tudo, logo que o espaço aéreo venezuelano esteja aberto o importante é garantir os voos para Lisboa e, depois, dentro de uma certa normalidade ter, pelo menos uma vez por semana, um voo de Caracas-Funchal-Lisboa”.
Nesta reunião também participaram Damas Branco, director da Caixa Geral de Depósitos em Caracas e Aleixo Vieira, conselheiro da Diáspora Madeirense na Venezuela.