Comissão de Utentes aponta "debilidades" no transporte de doentes entre Madeira e Porto Santo
A Comissão de Utentes do Serviço Regional de Saúde esteve esta manhã junto à Secretaria de Saúde e Protecção Civil para apontar as debilidades no serviço de encaminhamento de doentes não urgente entre as ilhas da Madeira e do Porto Santo.
“É necessário que haja um regulamento publicado para estes casos, é necessário garantir tratamento igual entre todos os utentes do Porto Santo.
Carolina Cardoso recorda que, em Julho de 2018, " a Secretaria de Saúde e o Governo Regional anunciaram que estavam a ultimar pormenores para a implementação de um regulamento que determinaria directrizes relativamente ao encaminhamento e transporte de doentes não urgentes e acompanhantes entre o Porto Santo e a Madeira".
Não obstante, após contactar com o gabinete responsável por este serviço, a Comissão contactou o que " até ao dia de hoje, dois anos depois, esse regulamento ainda não existe".
A responsável refere ainda que, de acordo com informações obtidas junto do Centro de Saúde do Porto Santo, "os utentes nesta situação têm direito à viagem de ida e volta de barco ou avião, estadia, transporte e relativamente às refeições teriam de apresentar as facturas nos serviços para poderem ser ressarcidos do valor".
Informação esta que alegadas de denúncias recebidas pela Comissão de Utentes do Serviço Regional de Saúde por parte de " vários utentes do Porto Santo" vêm contradizer isto.
"Os utentes vêem-se 'a braços' com despesas que muitas vezes não conseguem suportar. Têm alta do hospital e muitas vezes têm de se dirigir para o hotel por meios próprios, sendo que há casos que por impossibilidade financeira não têm 'remédio' senão ir a pé. Estas situações são inconcebíveis nos dias de hoje, sobretudo quando se trata de utentes já debilitados, em recuperação de cirurgias e muitas vezes sem acompanhante”
A Comissão de Utentes exige assim ao Governo Regional que "os direitos destes utentes sejam salvaguardados".
"Torna-se quase ridículo ver o partido que detém o poder ter de vir denunciar a falta de estratégia do Governo Regional [da mesma cor política]para com a saúde dos porto-santenses", remata Carolina Cardoso em jeito de crítica.
