'Madeira Jazz Collective' sexta-feira nos jardins do Museu Quinta das Cruzes
O Museu Quinta das Cruzes, é o palco escolhido para a actuação do 'Madeira Jazz Collective', que decorre esta sexta-feira, dia 28 de Agosto, às 19 horas.
O espectáculo está integrado no projecto 'Summer Sounds', uma iniciativa do Governo Regional, através da Secretaria Regional do Turismo e Cultura, que teve o seu concerto de abertura no Museu de Fotografia da Madeira a 24 de Julho.
Depois do Solar do Aposento e Solar de São Cristóvão, cabe agora, ao Museu Quinta das Cruzes, acolher no emblemático jardim, o 'Madeira Jazz Collective', num concerto com a duração de 60 minutos.
A entrada é gratuita, mediante a apresentação de bilhetes, disponíveis no Posto de Informação Turística, no número 16 da Avenida Arriaga.
Sobre o 'Madeira Jazz Collective'
O 'Madeira Jazz Collective' (MJC), fundado em Janeiro de 2015, surge da vontade do trompetista luso-venezuelano Alexandre Andrade de reunir músicos madeirenses num projecto no qual a criatividade, as experiências individuais, a amizade, a interacção e a proactividade, se encontram ligadas pela linguagem universal do Jazz.
O projecto para esta temporada passa por homenagear a música de Miles Davis, tocando na íntegra o álbum 'Birth of the cool'.
Sobre os Jardins da Quinta das Cruzes
O século XIX trouxe o encantamento do Romantismo, evidenciado através da nova concepção dos espaços ajardinados, na construção dos canteiros, nos caminhos empedrados em pedra rolada, nas fontes em pedra de fajôco, bem como na localização das casinhas de prazer, espaços melancólicos, bem ao gosto da época.
A Quinta das Cruzes possui um amplo parque ajardinado, de inspiração Romântica, envolvido por árvores centenárias de grande porte, que ladeiam os caminhos empedrados em calhau rolado. A área total da Quinta, com cerca de 1 hectare, contempla área ajardinada e edificada, grutas, fontanários, um miradouro com vista sobre a baía do Funchal e outros pequenos espaços.
É também neste espaço que se localiza a pintura mural (fresco) que se encontra sobre o frontispício de um dos fontanários, descoberta casualmente em 1998, e que data de finais do século XVIII.
O Jardim que constitui parte integrante e fundamental desta unidade museológica, apresenta ainda a criação de espécies botânicas endémicas e indígenas da Ilha da Madeira e um 'Orquidário'.
Em finais do século XVII, a Quinta das Cruzes sofreu as suas primeiras grandes transformações. Data desta época a construção (datada de 1692 segundo a inscrição do pórtico) e posterior instituição (1695) da Capela de Nossa Senhora da Piedade, localizada no extremo sul do espaço ajardinado. Este edifício foi erigido pelo morgado da “Casa das Cruzes”, Francisco Esmeraldo Correia Henriques casado com Catarina Lomelino de Vasconcelos.
A capela foi construída em invocação do Convento Franciscano da Senhora da Piedade em Santa Cruz fundado no século XVI (1518) pelo genovês Urbano Lomelino (e que caiu em ruína após a extinção das ordens religiosas em 1834). Apresenta, no seu interior, uma nave única com um altar composto por um retábulo em forma de portal, executado em pedra mole da região e talha dourada que emoldura uma pintura a óleo sobre tela, Lamentação sobre Cristo Morto (c. 1700), da autoria de Bento Coelho da Silveira (1620-1708).
Ao lado da epístola foi integrado na parede, o túmulo de Urbano Lomelino em mármore branco do século XVI e de composição manuelina, sendo um exemplar único na Madeira.