“É uma machadada na democracia”, classifica líder da oposição em São Vicente por ficar sem direito a discurso
Nenhum dos dois membros eleitos pelo Partido Socialista à Assembleia Municipal de São Vicente marcam presença na cerimónia do Dia do Concelho que está prestes a iniciar-se no auditório da Escola Agrícola da Madeira. Nem Sara Silva nem José Manuel Caldeira. Contactado pelo DIÁRIO, o líder da bancada do PS confirmou que foi convidado, no entanto como o programa não contempla direito a discursar explicou que decidiu não alterar a agenda que tinha para o dia de hoje não comparecendo ao acto solene.
A prática não é nova, crítica o socialista, mas não deixa de tornar-se mais relevante quando recentemente assistiu, por ocasião do Dia da Cidade do Funchal, ou seja num acto idêntico, o repúdio do Governo Regional pelo facto de o Executivo ter ficado de fora dos discursos. Pedro Calado chegou mesmo a classificar de "desrespeito institucional e grave postura democrática" ou “pouco democrática decisão” num reparo à atitude do presidente do município funchalense, Miguel Silva Gouveia.
“Claro que é uma ‘machadada’ na democracia. Também devia ter direito a expor certos pontos de vista, assim como prestar contas do trabalho que o Partido Socialista tem apresentado na Assembleia”, disse esta manhã.
Na cerimónia de hoje, o secretário regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Humberto Vasconcelos, representa o Executivo madeirense, e terá a palavra.