Carlos Pereira considera que foi “ofensivo” CMF não dar voz ao Governo no Dia da Cidade
“Convidar autoridades para cerimónias oficiais e não lhes dar a palavra não é apenas défice de democracia é ofensivo”. Foi desta forma que o deputado do PS-Madeira à Assembleia da República e ex-líder regional Carlos Pereira criticou, esta tarde, através do Facebook, a opção da Câmara do Funchal de não atribuir tempo de intervenção ao representante do Governo Regional na cerimónia do Dia da Cidade, na última sexta-feira.
O parlamentar socialista sublinha que “na vida (mas também na política) os princípios não são um pormenor” e lembra que “a história do PS-M está marcada pela luta pelo aprofundamento da democracia, pela exigência do debate, pelo exercício pleno do escrutínio mas também pelo repúdio do autoritarismo fácil e sobranceiro de quem tem o poder”. Estes princípios “são ingredientes incontornáveis para uma vivência democrática sã e civilizada”, prossegue Carlos Pereira, que conclui com o que parece ser um recado dirigido ao independente Miguel Silva Gouveia, que há um ano preside à CMF: Àqueles que se juntam a nós, que lutam connosco e que decidem fazer um caminho conjunto exige-se consciência política e, sobretudo, fazer um esforço para integrar princípios que o PS-M jamais pode prescindir (…). Se queremos ser respeitados e ser levados a sério não mudamos de opinião ou de procedimento porque nos apetece”.
Vários seguidores da página manifestaram o seu apoio à posição do deputado socialista, curiosamente a maioria deles ligados ou próximos da coligação PSD-CDS que está no Governo Regional. Mas também há pessoas de outros quadrantes partidários, como é o caso de Hélder Spínola, que é marido da vice-presidente da CMF, ou do anterior presidente da Assembleia Municipal do Funchal, Rodrigo Trancoso.