Através de um comunicado de imprensa, o presidente do grupo parlamentar,  Élvio Sousa, diz que "cheira a esturro toda a rede implicada nos projectos apoiados pelo PRODERAM 2020, do Sítio das Pedras Ruivas, Fajã da Ovelha (Florestação e Criação de Zonas Arborizadas e Apoio à Prevenção de Floresta contra Incêndios Florestais)".

Em causa está o facto de o Instituto de Florestas ter retirado os portões na Fajã da Ovelha, notícia que está hoje em destaque na capa do DIÁRIO.

O JPP refere que "a intervenção do IFCN – Instituto de Florestas e Conservação da Natureza - que já havia sido informado há muito tempo sobre a situação do fecho de caminhos públicos da Fajã da Ovelha – é contraditória e ao mesmo tempo reactiva à acção da autarquia (junta de freguesia da Fajã da Ovelha)".

"Primeiro, o JPP adverte que o IFCN já havia sido notificado desta situação antes da apresentação do projecto a 1 de Agosto de 2020, e estranha o facto do próprio presidente do IFNC, que esteve presente (e tenha validado apresentação do projecto), agora o venha denunciar", afirma.

"Depois, as declarações do IFCN contradizem claramente as afirmações do Presidente do Governo, Miguel Albuquerque, que na ocasião da apresentação do projecto financiado pelo PRODERAM e na presença do responsável do IFCN, afirmou que o “projecto estava de acordo com a documentação apresentada”", acrescenta.

Segundo o JPP, "adensa-se, assim, a obscuridade de todo este processo".

"Sobre o fecho de caminhos públicos, o JPP estranha, também, o silêncio da Câmara Municipal da Calheta. Além daquela ter a função de zelar pela protecção da comunidade, assume responsabilidades acrescidas sobre o território, nomeadamente na gestão destas acessibilidades que foram encerradas perante a alegada inércia das diversas entidades", concluiu.