O secretário regional do Turismo e Cultura disse, esta tarde, e depois de conhecida a decisão do governo britânico de incluir Portugal na lista dos países com "corredores de viagem" para Inglaterra cujos passageiros ficam isentos de cumprir uma quarentena de duas semanas devido à pandemia de covid-19, que a medida vem, no fundo, corrigir uma “injustiça”.

Eduardo Jesus lembrou que a Região Autónoma da Madeira sempre teve a pandemia perfeitamente controlada, sendo um “exemplo único na Europa”, mas que continuava a ser englobada no todo nacional, onde a situação epidemiológica ainda não era do agrado dos responsáveis britânicos.

“Hoje corrigiu-se essa situação. Assume-se claramente a Região Autónoma da Madeira como um destino seguro para onde os cidadãos ingleses podem viajar e isso naturalmente que facilita bastante todo o apelo que a Madeira tem feito junto do mercado inglês”, disse, acrescentando que é importante ter presente que as operações que já estão montadas, principalmente através de três grandes operadores: EasyJet, British Airways e Jet2, vão agora sair fortificadas.

Ou seja, não havendo agora nenhuma inibição para aqueles que pretendam viajar para a Madeira, e que fez com que perdêssemos mercado, o governante está confiante numa maior retoma turística. Eduardo Jesus sublinha, ainda assim, que os contactos permanentes entre os governos regional e britânico ajudaram a concretizar a decisão hoje conhecida. “O Governo Regional empenhou-se fortemente junto do governo britânico. Fomos compreendidos, pese embora fomos sempre, de forma injustificada, tratados como se tivéssemos uma situação pandêmica igual à do restante território nacional”.

Eduardo Jesus considera ainda que a política implementada pelo Governo Regional junto de todos aqueles que chegam à Região, com rastreios e testes, confere segurança não apenas juntos dos mercados emissores, mas também, e sobretudo, juntos residentes e de todos aqueles que prestam serviços no sector do turismo. “Só através de um controlo efectivo é que podemos garantir segurança para aqueles que aqui vivem, aos que nos visitam e aos que trabalham no sector. Este compromisso é o desafio maior que nos é colocado, uma vez que a pandemia provocou o medo”.

O mercado britânico representa cerca de 20% da actividade turística na Madeira, a par do mercado alemão.