A Unidade Especial de Polícia da PSP
A segurança pública, tem sido uma das maiores preocupações dos portugueses. Excetuando-se os dias atuais em que a saúde tem ocupado os primeiros lugares com as notícias sobre a pandemia, já ficaria para a história, por todos os motivos e mais alguns, todos causados pela expansão global do novo coronavírus, que colocou tudo em stand-by, incluindo as forças e serviços de segurança.
É a segurança pública a maior e mais antiga reivindicação lembrada pela nossa população em geral. O assunto, portanto, é atual, embora não lhe seja dada a devida relevância pelos governos, ficando a questão muito mais ao dispor de discursos inócuos do que das verdadeiras ações que urgem ser tomadas para que se evite que cheguemos a situações incontroláveis em determinados bairros sociais como já ocorre em Lisboa e cujos respingos já começaram a fazer-se presentes em outras cidades.
Mas, quando o imbróglio é grande e as situações agravam-se e ultrapassa os meios normais de actuação, são chamados pelos governantes, as FORÇAS ESPECIAIS, conhecidas por “polícias de elite” e que chegam sempre para por um ponto final no problema.
Em Portugal, esta incumbência e responsabilidade cabe à Unidade Especial de Polícia (UEP), sob o lema “ A Força da Unidade”, mantém a sua tradição de defensora da competência e motivação dos seus efectivos, incutindo valores da honestidade e da solidariedade, para o cumprimento eficiente das missões mais musculadas e urgentes em qualquer cidade portuguesa.
No entanto embora seja um tanto óbvio, o óbvio às vezes precisa ser relembrado: esta é a única profissão em que se faz um juramento de sacrificar a própria vida e se cumpre! São operacionais, trabalham 24 sobre 24 horas, entram em qualquer rua, qualquer bairro, entram onde nem todos conseguem chegar, salvam e protegem pessoas inocentes e “presenteiam” os maus feitores, detendo-os de forma irrepreensível e exemplar… Uma nobre missão que pugna pelo respeito dos direitos humanos, liberdades e garantias constitucionalmente consagrados, numa actuação respeitadora dos valores e princípios enformadores do Código Deontológico do Serviço Policial.
Por isso, a UEP é um nome que dispensa qualquer apresentação. É uma unidade de reserva estratégica e resultou de uma grande reestruturação da própria PSP e deu os primeiros passos em maio de 2008, quando foi criada no âmbito da Lei Orgânica da PSP, com a integração de cinco forças especializadas da polícia no mesmo comando, chefiado por coincidência na altura pelo atual Diretor Nacional da PSP, o Superintendente - Chefe Manuel Augusto Magina da Silva.
É importante que se saiba que esta UNIDADE DE ELITE, consagra uma resposta integrada e actualmente é dirigida pelo Superintendente – Chefe – Paulo Manuel Pereira Lucas e seguramente que todos nós já ouvimos falar das chamadas subunidades operacionais: do Corpo de Segurança Pessoal (CSP), o Grupo de Operações Especiais (GOE), o Corpo de Intervenção (CI), o Centro de Inactivação de Explosivos e Segurança em Subsolo (CIEXSS), o Grupo Operacional Cinotécnico (agentes com cães) e com a existência dos destacamentos no Porto, em Faro, nos Açores e na Madeira.
É possível depreender-se, também, que para fazer parte de cada uma dessas subunidades operacionais, não é uma tarefa fácil. Os concursos são disputados de forma acérrima entre os profissionais da PSP, concorrendo centenas chegando por vezes a milhares, e os cursos são difíceis e muito duros, do ponto de vista físico e psicológico, por vezes traumatizantes e fazem com que qualquer “aprendiz” peça para sair antes mesmo de chegar à metade da formação.
É claro, que isto não significa que depois do curso feito, a vida de um operacional na UEP é abrandada. Desenganam-se. Porque a pior fase começa depois de estar formado com o privilégio de ser parte de uma dessas subunidades operacionais: treinam duramente e praticamente todos os dias da semana, para que sejam dotados de elevado nível técnico e táctico, com capacidade de intervenção em situações reais, e mesmo quando não estão a trabalhar, podem ser chamados a qualquer momento e têm todos a obrigatoriedade de estar prontos e disponíveis e estão “presos” a um código de conduta que inclui a lealdade, a fidelidade, a obediência e a determinação.