Macau cancela alertas de inundações
Depressão tropical afasta-se do território
Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos de Macau (SMG) cancelaram hoje, às 10:30 (03:30 em Lisboa), todos os alertas de inundações desencadeados pela passagem do tufão Higos.
As autoridades indicaram ainda que vão baixar, às 11:30 (04:30 em Lisboa), o sinal 8 de tempestade tropical para o sinal 3, à medida que o tufão Higos se afasta do território.
Pelas 10:00 (03:00 em Lisboa), o Higos estava a cerca de 80 quilómetros a noroeste de Macau e "continuava a afastar-se gradualmente" do território, de acordo com os SMG.
O tufão estava a cerca de 30 quilómetros de Macau quando foi emitido o sinal 10, às 05:00 (22:00 em Lisboa), e às 05:30 (22:30 em Lisboa) as autoridades emitiram o alerta de risco mais elevado para inundações.
Os centros de acolhimento de emergência de Macau receberam, até às 10:00, 192 pessoas, enquanto a Proteção Civil registou 185 incidentes.
Até ao momento não há registo de quaisquer feridos.
A escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10, que são emitidos tendo em conta a proximidade da tempestade e a intensidade dos ventos.
Para este ano, as autoridades de Macau disseram prever quatro a seis tempestades tropicais no território em 2020, algumas delas podendo mesmo "atingir o nível de tufão severo ou super tufão".
Desde 2017, dois tufões obrigaram as autoridades a emitir o alerta máximo. Em setembro de 2018, a passagem do tufão Mangkhut por Macau deixou prejuízos económicos diretos e indiretos no valor de 1,74 mil milhões de patacas (180 milhões de euros).
O Mangkhut provocou 40 feridos e inundações graves no território, onde o sinal máximo de tempestade tropical esteve içado várias horas. Ao todo, as autoridades retiraram 5.650 cidadãos das zonas baixas e 1.346 pessoas recorreram a centros de abrigo de emergência.
Um ano antes, o tufão Hato (posteriormente denominado de Yamaneko pelas autoridades locais), apesar de se caracterizar pela mesma intensidade do Mangkhut, causou 10 mortos, 240 feridos e prejuízos avaliados em 12,55 mil milhões de patacas (1,32 mil milhões de euros).