Região passará a dispor de mais e melhores redes de comunicação em fibra óptica
Passados alguns meses após a aprovação do Plano de Situação de Ordenamento do Espaço Marítimo (PSOEM-Madeira), que representa e identifica a distribuição espacial e temporal dos usos e das actividades existentes e potenciais, a EMACOM requereu à Direcção Regional do Mar (DRM), a emissão de Título de Utilização Privativa do Espaço Marítimo (TUPEM), para instalação e exploração de um cabo submarino de comunicações.
Após análise e validação do projecto pela DRM e findo o período de consulta pública, estão reunidas as condições para assinatura de contrato de TUPEM, mediante concessão, que ocorrerá esta segunda-feira, dia 17 de Agosto.
Este cabo submarino transcontinental, denominado de Ellalink, fará a ligação entre o Brasil e Portugal Continental, passando pela Madeira, após aturadas diligências do Governo Regional, que permitem à região dispor de mais e melhores redes de comunicação em fibra óptica.
A passagem deste cabo pela Região aumenta a acessibilidade tecnológica, permitindo-lhe colocar-se na linha da frente da chamada “batalha digital”. Melhora a competitividade da economia azul da Madeira e é uma forma inteligente, até arrojada, de defender a continuidade territorial
Esta nova autoestrada de dados digitais, futuramente ao dispor dos madeirenses e porto-santenses, é um equipamento de última geração preparado para os novos desafios, como o 5G, e garantirá uma elevada capacidade de transmissão, possibilitando, por exemplo, uma internet mais rápida e, eventualmente, mais barata.
A instalação de cabos submarinos no mar rege-se pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), de 10 de dezembro de 1982 (ratificada pelo Decreto do Presidente da Republica n.o 67-A/97, de 14 de outubro), que estabelece, nos termos do artigo 87.º, que o alto mar esta aberto a todos os Estados para a colocação de cabos e ductos submarinos e que, nos termos do artigo 79.º, o traçado da linha para a sua instalação na plataforma continental esta sujeito ao consentimento do Estado costeiro.
Em Portugal, para alem da UNCLOS, aplicam-se os normativos gerais relativos a segurança marítima, gestão do domínio publico e das telecomunicações, bem como as disposições do Decreto-Lei no 38/2015, de 12 de marco, que desenvolve a Lei de Bases da Política de Ordenamento e de Gestão do Espaço Marítimo, como também, estabelece os procedimentos para a emissão de Titulo de Utilização Privativa do Espaço Marítimo (TUPEM).