Marrocos fecha bairros em Marraquexe para conter infecções
As autoridades marroquinas anunciaram hoje ter fechado diversos bairros de Marraquexe, a capital turística de Marrocos, devido ao aumento de casos de infeção com o novo coronavírus.
Num comunicado, citado pela agência AFP, as autoridades referem que as "operações de controlo" naquele destino turístico de referência foram reforçadas e que alguns bairros foram "total ou parcialmente encerrados" para evitar a propagação do vírus.
Segundo a mesma fonte, diversas campanhas de sensibilização foram também lançadas nas ruas de Marraquexe, para "sensibilizar para os perigos de um afrouxamento das medidas preventivas", como a utilização de máscara de proteção e o distanciamento social, tendo ainda sido reforçado o controlo à entrada da cidade e entre os seus diversos bairros.
Medidas semelhantes foram também tomadas recentemente em Casablanca, Tânger e Fez, que figuram entre as cidades marroquinas mais afetadas pela pandemia de covid-19.
Com um total de 35 milhões de habitantes, Marrocos regista, desde o início de março, 41.017 casos de contaminação pelo novo coronavírus e um total de 632 mortes.
Desde há alguns dias que o país enfrenta uma nova vaga de infeções, com mais de 1.000 novos casos diários, sendo que no sábado registou mesmo um número recorde de 1.776 casos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou na quinta-feira para esta "tendência de aumento" dos casos.
Marrocos iniciou o desconfinamento em junho, após um período muito rigoroso de confinamento de três meses.
As fronteiras continuam fechadas "até nova ordem", o que fez o importante setor turístico do país mergulhar numa crise sem precedentes.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 766 mil mortos e infetou mais de 21,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal morreram 1.778 pessoas das 54.102 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.