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Acordo entre EUA e Polónia reforça tropas americanas no país

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O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, assinou hoje um acordo de cooperação de defesa com as autoridades da Polónia para reforçar a presença de tropas americanas naquele território da União Europeia.

O acordo, que abrirá caminho para a redistribuição das tropas americanas que estão na Alemanha para a Polónia, ocorreu em Varsóvia, no final de uma viagem de quatro nações pela Europa Central e Oriental, refere a agência Associated Press (AP).

Mike Pompeo e o ministro da Defesa da Polónia, Mariusz Blaszczak, assinaram um Acordo de Cooperação Reforçada de Defesa que estabelece a estrutura legal para a presença de tropas adicionais.

"Esta será uma garantia de que, no caso de uma ameaça, os nossos soldados ficarão juntos", disse o presidente da Polónia, Andrzej Duda, durante a cerimónia de assinatura, citado pela AP.

O governante acrescentou que o acordo "também servirá para aumentar a segurança de outros países do lado da Europa" em que se encontra a Polónia.

Andrzej Duda referiu também que a parceria prevê outros aspetos da cooperação entre os Estados Unidos e a Polónia, nomeadamente os laços comerciais e de investimento.

O acordo complementa o pacto das Forças da Parceria para a Paz da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e permite o aperfeiçoamento e a modernização das capacidades e instalações existentes, permitindo que as forças dos EUA acedam a instalações militares polacas adicionais.

Além disso, estabelece ainda uma fórmula para partilhar os custos logísticos e de infraestrutura de uma presença ampliada dos EUA na Polónia.

Cerca de 4.500 soldados americanos estão atualmente sediados na Polónia, a que se devem juntar outros cerca de 1.000, de acordo com uma decisão bilateral anunciada no ano passado, refere ainda a AP.

No mês passado, em linha com a intenção do Presidente dos EUA, Donald Trump, para reduzir o número de soldados na Alemanha, o Pentágono anunciou que cerca de 12.000 soldados seriam retirados daquele país, dos quais 5.600 serão colocados noutros países da Europa, incluindo a Polónia.

Além disso, vários comandos militares dos EUA serão retirados da Alemanha, incluindo a sede da U.S. Army V Corps no exterior, que será realocada na Polónia no próximo ano.

Donald Trump já reclamou que a Alemanha não gasta o suficiente com a defesa e acusou repetidamente Berlim de não pagar as contas da NATO, o que é uma distorção do problema, refere ainda a AP, uma vez que os países da NATO se comprometeram a dedicar 2% de seu produto interno bruto.

A assinatura concretizada este sábado surge um dia depois da perda diplomática embaraçosa que o Governo de Trump sofreu nas Nações Unidas, quando a sua proposta de estender indefinidamente o embargo de armas ao Irão foi derrotada, numa votação do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).

Apenas um país apoiou a proposta norte-americana, a República Dominicana.

Mike Pompeo usou a viagem à Europa para alertar as jovens democracias da região sobre as ameaças representadas pela Rússia e pela China e recebeu uma receção calorosa.

Na Polónia, a receção foi particularmente amável, dada a amizade entre Trump e o conservador presidente polaco, que foi empossado para um segundo mandato de cinco anos no início deste mês, após uma eleição muito disputada.

Muitas das políticas de Lei e Justiça do partido de Andrzej Duda colocaram a Polónia em desacordo com a União Europeia (UE), que está preocupada com os esforços do governo para remodelar o sistema judiciário e outras ações, que pervertem as regras do Estado de Direito e a democracia naquele país membro da UE.

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