Coreia do Sul endurece medidas após recorde de casos
A Coreia do Sul endureceu hoje as medidas restritivas para conter a pandemia de covid-19 em Seul e arredores após registar o número mais elevado de novos casos diários em cinco meses.
As regras, que entram em vigor no domingo e duram duas semanas em Seul e na província vizinha de Gyeonggi, permitem às autoridades encerrar estabelecimentos de risco como discotecas, bares de karaoke, cinemas e restaurantes de 'buffet' se não conseguirem aplicar as medidas de prevenção, que incluem distanciamento, controlo de temperatura, manter uma lista dos clientes e exigir o uso de máscaras.
As novas regras de distanciamento social abrangem também o desporto profissional, cujas competições devem voltar a ser à porta fechada na região da capital.
Desde julho que era autorizado um número reduzido de espetadores nas competições desportivas.
A decisão surge depois de o país registar 166 novos casos de contaminação pelo novo coronavírus, o número mais elevado desde março, o que eleva o total nacional para 15.039 infeções e 305 mortes associadas à covid-19.
O primeiro-ministro, Chung Sye-kyun, avisou que a Coreia do Sul se encontra num "ponto crítico" da batalha contra a pandemia
"A nossa prioridade absoluta é conter a difusão do vírus na região da Grande Seul", afirmou, numa reunião governamental sobre a gestão da crise sanitária.
A maioria dos novos casos de infeção registam-se na região da capital, onde reside metade da população do país, de 51 milhões de habitantes.
A Coreia do Sul era em fevereiro o segundo país mais afetado pela epidemia, depois da China, onde a doença apareceu.
Mas as autoridades sul-coreanas conseguiram controlar a situação através de uma estratégia de testes e rastreio de contactos dos infetados, sem precisar de impor o confinamento obrigatório, o que a tornou um exemplo pela sua gestão da crise.