Turismo

Madeira mantém as maiores reduções das dormidas

Em Junho, todas as regiões registaram decréscimos das dormidas superiores a 70%, com excepção do Alentejo (-48,9%), sendo que as maiores reduções verificaram-se na Região Autónoma da Madeira (-97,7%) e na RA Açores (-96,9%), com 16,5 mil e 8 mil respectivamente.

No ano passado, para esse mês, tinham sido registadas 714 mil dormidas no alojamento turístico regional, sendo que desde Janeiro a Junho tinham sido registados quase 3,58 milhões de dormidas na Madeira e este ano nos primeiros seis meses são mais de 1,34 milhões, registando-se, por isso, uma quebra de 62,5%, o que apesar de todos os valores dos últimos três meses (Abril, Maio e Junho) deixa a Região a meio da tabela, apenas com quebras superiores ao Alentejo (-52,2%), ao Centro (-61,2%) e ao Norte (61,7%).

O Algarve concentrou 31,5% das dormidas, seguindo-se o Norte (20,2%), Centro (17,0%), Alentejo (14,7%) e AM Lisboa (14,2%), enquanto a Madeira passou de quarta região com mais dormidas no mês em causa para penúltima, apenas à frente dos Açores, com 1,55% das dormidas. Há um ano, a região tinha 9,9% de um total de 7,17 milhões de dormidas acumuladas a meio do ano em Portugal.

Segundo os dados do INE, no conjunto dos primeiros seis meses do ano, as regiões "com menores diminuições do número de dormidas de residentes foram o Alentejo (-31,6%), seguindo-se o Norte (-54,4%) e o Algarve (-55,6%). Neste mês, em termos de dormidas de não residentes, o Alentejo registou uma diminuição de 85,1%, enquanto as restantes regiões apresentaram decréscimos superiores a 90%".

Os proveitos totais no alojamento turístico na Madeira a 597,3 mil euros, o que representa uma quebra de 98,5% face aos mais de 39 milhões no mesmo mês do ano passado. No acumulado dos seis primeiros meses deste 2020 atípico por causa da pandemia da covid-19, a 'hotelaria' regional arrecadou quase 68,7 milhões de euros, quando entre Janeiro e Junho de 2019 tinham já mais de 192 milhões em caixa, o que representa uma quebra de 64,2%. Ainda assim, apesar de ter as maiores perdas do país nos proveitos totais em Junho, no acumulado é a terceira com menor quebra, atrás das regiões do Alentejo (-55,2%) e do Centro (-61,8%).

Nota ainda para o facto de os parcos proveitos de aposento agora estarem a ter um peso muito maior nos proveitos totais do que há um ano. Com cerca de 24,8 milhões nos proveitos de aposento em Junho de 2019, representava 63,5%, mas agora dos quase 600 mil euros de proveitos totais, perto de 460 mil são de aposento, representando quase 77%.