Governo não pondera ainda proibir de fumar ao ar livre
O Governo não está a ponderar, neste momento, proibir fumar ao ar livre como foi decretado em Espanha, mas há "muitos aspetos em aberto" que serão acompanhados e analisados "com mais profundidade", disse hoje a ministra da Saúde.
O Governo espanhol e as autoridades regionais do país aprovaram hoje a proibição de fumar ao "ar livre como, por exemplo, em esplanadas" e sempre que não seja possível manter a distância de segurança de dois metros entre as pessoas, medida que já está em vigor em duas das 17 regiões autónomas espanholas.
Ilhas Canárias impõem uso de máscara obrigatória na rua
Entidades proíbem fumar ao ar livre sem o devido distanciamento
Questionada na regular conferência de imprensa sobre a covid-19 sobre se Portugal pondera adotar esta medida, a ministra da Saúde afirmou que, "neste momento" o governo "não está a pensar em adotar uma medida semelhante".
"É evidente que não deixo de secundar aquilo que verifiquei serem as recomendações do meu colega, do ministro da Saúde de Espanha, fumar é uma atividade que tem riscos para a saúde e que, portanto, é evitável em qualquer contexto", disse Marta Temido.
Mas, ressalvou, "como sempre temos dito neste contexto de incerteza sobre aquilo que são as melhores estratégias para prevenir o contágio há ainda muitos aspetos em aberto e, portanto. vamos acompanhar e analisar com mais profundidade e avaliaremos se será também adequado ao nosso contexto".
"Em qualquer caso é evidente que fumar em si próprio é um risco. E, portanto, o conselho é não fumar", vincou Marta Temido.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 754 mil mortos e infetou quase 21 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.772 pessoas das 53.783 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.