Turismo

TUI com prejuízo nos primeiros nove meses do ano fiscal

O grupo alemão TUI, especializado em viagens de turismo, anunciou hoje que teve um prejuízo de 2.316,6 milhões de euros nos nove primeiros meses do exercício de 2019/2020, sete vezes mais que no ano anterior.

O prejuízo contabilizado naquele período deveu-se às restrições impostas ao nível das viagens por causa da pandemia de covid-19, refere o grupo empresarial em comunicado.

A faturação, por sua vez, caiu 41,2% nos nove primeiros meses do ano fiscal, que se iniciou em outubro passado, face a igual período ano fiscal anterior, para 6.710 milhões de euros.

Não obstante, o grupo TUI, que possui liquidez no montante de 2.400 milhões de euros graças aos empréstimos estatais no valor global de 3.000 milhões de euros, revelou que as primeiras viagens desde meados de junho geraram, de novo, faturação.

O grupo TUI calculou em 1.900 milhões de euros o impacto negativo da pandemia de covid-19 no seu resultado operacional.

O presidente executivo do grupo do setor do turismo TUI, Fritz Joussen, disse hoje ao apresentar os resultados, que "o modelo de negócio integrado [da empresa] - voos, transferências, hotéis e cruzeiros -, mostra que, mesmo na crise, vale a pena".

"Com a segunda linha de créditos governamentais, estamos preparados caso a pandemia venha a ter novamente um impacto significativo no turismo", salientou o gestor.

Em julho, mais de meio milhão de clientes na Europa tiraram as férias de verão com a TUI.

A TUI insiste que a procura de férias se mantém "muito alta" e que recebeu 1,7 milhões de novas reservas desde que as viagens foram retomadas.

As reservas para o verão de 2021 também são "muito promissoras" e já excedem em 145% as reservas do verão do ano passado, segundo o grupo TUI.