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Venezuela regista novo máximo de 995 casos em 24 horas

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A Venezuela registou, nas últimas 24 horas, 995 casos de covid-19, um novo máximo que elevou para 26.800 o número total de infeções desde o início da pandemia no país.

A vice-Presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, acrescentou terem sido contabilizadas seis mortes, o que eleva o número total de óbitos, desde o início da quarentena em março, para 229.

O deputado opositor Juan Manuel Olivares, do partido Primeiro Justiça, contestou estes números, apontando para um total de 439 mortes causadas pela covid-19.

Ao anunciar os novos dados, através da televisão estatal venezuelana, Rodríguez indicou que 876 casos são de transmissão comunitária e 119 importados (98 da Colômbia, 11 do Brasil, seis do Equador e quatro do Peru).

O Distrito Capital registou o maior número de novos contágios, 306, seguido pelos estados de Monágas (145), Miranda (122), Mérida (94), Zúlia (57), Bolívar (45), Sucre (23) e La Guaira (21).

Registaram-se ainda novos casos confirmados em Yaracuy (14), Apure (12), Barinas (12), Guárico (dez), Lara (oito), Táchira (seis) e Nova Esparta (um).

Na segunda-feira, o governador de Anzoátegui, António Barreto Sira, do partido Ação Democrática, disse aos jornalistas que desde 10 de julho, morreram cem pessoas com sintomatologia associada à covid-19, no estado situado a 515 quilómetros a leste de Caracas.

"Há uma realidade no nosso estado (de Anzoátegui) que é a rápida propagação do vírus nas comunidades. Muitas pessoas não vão centros (médicos) e fazem tratamentos em casa. Todos os dias há famílias inteiras suspeitas de estarem contagiadas e aumentam as mortes nos domicílios", sublinhou.

De acordo com a imprensa local, 50 profissionais da saúde morreram desde o início da quarentena, incluindo 40 médicos.

Segundo o diário El Nacional, o novo coronavírus conseguiu entrar nas prisões venezuelanos, ocasionando pelo menos a morte de um detido e causando preocupação entre os presos políticos.

"Na sede da Direção-Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM, serviços de informação militar), 121 pessoas testaram positivo nas provas PCR para detetar o SARS-CoV-2, entre 30 de julho e 09 de agosto, segundo uma fonte do Ministério da Saúde", noticiou o jornal na página na Internet.

A deputada opositora Delsa Solórzano destacou que na DGCIM convivem 200 detidos, metade dos quais são presos políticos e militares.

A Venezuela está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar "decisões drásticas" para combater a pandemia.

Os voos nacionais e internacionais estão restringidos até quarta-feira e a população está impedida de circular entre os diferentes municípios do país.

Pelo menos 12.960 pacientes foram dados como recuperados da covid-19 na Venezuela.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 731 mil mortos e infetou mais de 19,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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