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DGS rejeita cerca sanitária em Reguengos de Monsaraz

Foto Pedro Santos/LUSA

A diretora-geral da Saúde rejeitou hoje a imposição de uma cerca sanitária em torno de Reguengos de Monsaraz ou em qualquer outra região do país, afirmando que o surto de covid-19 num lar de idosos daquele município alentejano está circunscrito.

Em conferência de imprensa no Ministério da Saúde, Graça Freitas afirmou que o que está a acontecer em Reguengos de Monsaraz, onde há 133 casos ativos e morreram já 15 pessoas a partir do surto detetado a 18 de junho, "foi um foco da doença que teve origem num lar, está circunscrito, está a ser vigiado e acompanhado".

Para se avançar para uma cerca sanitária em torno do concelho "teriam que estar reunidas determinadas características, que não é o caso do que se passa neste momento em nenhuma região de Portugal", declarou.

Graça Freitas reforçou que em Reguengos de Monsaraz "não há nenhum motivo" para alterar as medidas que já foram tomadas: "conter a doença nos sítios onde ela está localizada".

A tendência das autoridades de saúde em relação à imposição de cercas sanitárias será, "em vez de afetar um território todo, ir diretamente às áreas afetadas, seja uma rua, uma freguesia ou um prédio".

"O que se faz são medidas de contenção à volta de focos, que não carecem de interrupção de comunicação de uma área territorial grande", descreveu.

Os casos ativos de covid-19 no concelho são agora 133 (na terça-feira eram 136), dos quais 86 no Lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS), onde começou o surto, em 18 de junho, e 47 na comunidade, segundo o município e Autoridade de Proteção Civil de Reguengos de Monsaraz.

No edifício do lar não está já nenhum idoso, depois de os doentes terem sido transferidos para o pavilhão multiúsos do parque de feiras e exposições, enquanto os que não estão infetados se encontram em casa de familiares ou noutras instalações de apoio.

Com a situação no lar, o concelho de Reguengos de Monsaraz regista o maior surto no Alentejo da doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 544 mil mortos e infetou mais de 11,85 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.631 pessoas das 44.859 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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