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Madeira

Olavo Câmara defende apoios para estudantes insulares deslocados

Olavo Câmara, deputado do Partido Socialista-Madeira à Assembleia da República, alertou o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para a necessidade de serem criados “mecanismos que respondam às preocupações dos estudantes que se encontram deslocados e que são afectados pelos problemas ao nível da mobilidade”, referindo-se aos alunos madeirenses que se deparam com dificuldades nas ligações ao continente.

Durante uma audição ao governante, no Parlamento, o deputado madeirense manifestou a sua preocupação em relação ao acesso à educação por parte dos estudantes insulares deslocados, adiantando que os constrangimentos causados pela Covid-19 vieram demonstrar algumas fragilidades do sistema a este nível.

“Os estudantes insulares estão dependentes das ligações áreas entre o continente e as ilhas, e nem sempre essas ligações existem”, afirmou o deputado salientando que a pandemia, diminuiu o número de voos semanais, com restrição do número de lugares e com preços proibitivos para qualquer família, impedindo muitos alunos de regressar às suas universidades, aos exames e à conclusão da sua avaliação.
Constatou que a maior parte das universidades e politécnicos estiveram à altura e responderam da melhor forma, com o ensino e os exames à distância, mas tal não se verificou em todos os estabelecimentos e cursos.

Já que estas questões nunca tiveram uma protecção transversal e idêntica a todos os alunos deslocados, independente das universidades e politécnicos que frequentam, Olavo Câmara frisa que “essa proteção tem de ser uma realidade, não só agora, altura em que o problema ficou visível para todos, como também no futuro”, ao longo do ano. 

Defendeu que o acesso à educação “não pode ficar refém de uma ligação aérea que pode não acontecer por diversas razões, e a aceitação da justificação desse mesmo evento não pode ficar dependente da discricionariedade dos próprios professores, cursos ou universidades”, pelo que solicita a criação de mecanismos que “respondam a estas preocupações” de todos os estudantes insulares deslocados”.

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