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Empresa portuguesa produz máscaras cirúrgicas

Trata-se da primeira máscara de produção 100% nacional

A Apineq, empresa nacional de engenharia de controlo de processo e automação industrial, adaptou o modelo de negócio e desenvolveu a primeira máquina de produção de máscaras cirúrgicas 100% nacional e já começou a exportá-la, foi hoje anunciado.

"De configuração modular e de fácil instalação, a linha de produção de máscaras cirúrgicas (com as medidas de adulto) oferece a capacidade de produzir, de forma totalmente automática, máscaras esterilizadas, embaladas unitariamente em plástico ou empacotadas em lotes de 50, em caixa de cartão", refere a empresa, em comunicado.

Estas máquinas já estavam disponíveis na Europa, mas, como não eram produzidas no território, tinham de ser compradas a países como a China.

Trata-se, então, da primeira máquina de produção de máscaras cirúrgicas desenvolvida em Portugal e pronta a ser exportada para outros países,

Este equipamento tem a capacidade de produção de 100 e 120 máscaras por minuto e cumpre "todas as certificações de segurança europeias", garante a empresa.

De acordo com a mesma nota, a máquina foi idealizada pelo engenheiro Vaz Martins, que trabalha na indústria automóvel, e a ideia para a sua criação surgiu depois de a empresa se ter apercebido da "falta de capacidade de resposta do produto na Europa", face à crescente necessidade de utilização de máscaras cirúrgicas, como medida de prevenção do contágio por covid-19.

O primeiro protótipo ficou pronto em maio e, neste momento, a empresa já começou a exportar a linha automática de produção de máscaras cirúrgicas de alta cadência, tendo já sido vendidas uma máquina para Espanha e outra para Angola.

A linha de produção é composta por um módulo que produz o corpo da máscara, um módulo que aplica os elásticos, outro que embala e esteriliza e, por fim, mais um módulo que faz o empacotamento.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 531 mil mortos e infetou mais de 11,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.614 pessoas das 43.897 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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