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Madeira

Concurso ‘familiar’ anulado

Autarquia de Câmara de Lobos fez 'marcha-atrás' no procedimento

Sem muitas explicações o vereador Leonel Silva assina o despacho já publicado no Joram

O procedimento para a contratação de cinco funcionários para exercerem funções na Câmara Municipal de Câmara de Lobos que a autarquia abriu em Dezembro de 2018 foi anulado. Sem muitas explicações o vereador Leonel Silva assina o despacho já publicado no Diário da República.

Este concurso originou celeuma depois do vereador do Partido Socialista ter considerado que existia fortes suspeitas do mesmo estar “viciado”. Amândio Silva estranhou as “ligações próximas e partidárias descaradas” no qual participavam a afilhada e filha do motorista presidente. O autarca ainda denunciou que a filha do presidente da Junta de Freguesia do Estreito de Câmara de Lobos concorrera tal como o chefe de gabinete.

"Parece-me que aqui existe matéria para, pelo menos, se apurar o que se passou" Amândio Silva, vereador do PS-M, a 29/02/2020

Amândio Silva ficou ainda mais com ‘pulga atrás da orelha’ quando tomou conhecimento que os melhores candidatos tiveram as priores notas na prova oral e aqueles que tinham tido piores notas nas provas escritas tiveram as melhores na prova oral (20, 19 e 18 valores), o que fez com que o leque de candidatos com relações próximas tivessem subido a média final.

O socialista chegou a desafiar na ocasião o Ministério Público para que apurasse o que teria acontecido. Não terá sido necessário porque o concurso foi anulado.

"Desconhece-se qualquer fundamento legítimo para as dúvidas agora suscitadas pelo vereador Amândio Silva. Questiona-se se as mesmas não podiam ter sido igualmente suscitadas, no passado ano 2011, pelo próprio, quando um familiar directo (irmão) do senhor Amândio Silva, então deputado municipal, foi admitido nos quadros desta autarquia" Leonel Silva, vereador eleito pelo PSD-M, a 29/02/2020

O DIÁRIO tentou obter uma reacção da autarquia câmara-lobense, nomeadamente do vereador Leonel Silva, mas apesar da insistência, e de vários dias aguardar por uma explicação, a edilidade preferiu optar pelo silêncio.

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