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OMS vai descontinuar uso de hidroxicloroquina

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) vai descontinuar a utilização de hidroxicloroquina e de lopinavir/ritonavir no tratamento de pacientes hospitalizados com covid-19, pela falta de evidências da redução da mortalidade de pacientes infetados, foi hoje anunciado.

De acordo com um comunicado divulgado, a OMS "aceitou hoje a recomendação do Estudo de Solidariedade do Comité de Direção Internacional para descontinuar" os testes de hidroxicloroquina e de lopinavir/ritonavir.

"Os resultados interinos dos testes demonstram que a hidroxicloroquina e a lopinavir/ritonavir diminuem pouco ou nada a mortalidade de pacientes com covid-19 hospitalizados, comparando com os tratamentos convencionais", explicita a nota publicada na página na internet da OMS, acrescentando que os investigadores vão interromper os tratamentos com estes medicamentos "com efeito imediato".

A Organização Mundial da Saúde também dá conta de que, para cada um dos medicamentos, "os resultados interinos não apresentam evidências sólidas de um aumento da mortalidade" destes pacientes.

A OMS acrescenta que esta descontinuação da utilização dos dois fármacos apenas se aplica "à conduta do estudo de Solidariedade em pacientes hospitalizados e não afeta a avaliação possível em outros estudos de hidroxicloroquina ou lopinavir/ritonavir" em pessoas infetadas pelo SARS-CoV-2, mas que não estão internadas.

A eficácia destes medicamentos foi comparada com os tratamentos convencionais para a doença provocada pelo novo coronavírus, sublinhou o comunicado.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 526 mil mortos e infetou mais de 11 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.598 pessoas das 43.156 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde, hoje divulgado.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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