Quinta Pedagógica dos Prazeres está parcialmente fechada e PSD diz que "continuidade é indiscutível"
Não se fala de outra coisa na pacata freguesia da Zona Oeste da Madeira. A Quinta Pedagógica dos Prazeres está parcialmente fechada, tal como o DIÁRIO avançou na sua edição impressa de terça-feira, tudo porque o espaço que é gerido pela paróquia passa por dificuldades - resultantes da crise pandémica. Por tal motivo, a comissão política do PSD da localidade decidiu reunir-se para abordar este que é um "assunto de interesse para a freguesia".
Em cinco pontos, os social-democratas garantem que o projecto "idealizado e desenvolvido" pelo pároco Rui Sousa "contribuiu e contribui, de forma muito positiva e transversal a todo o desenvolvimento" da freguesia e concelho da Calheta", pelo que "a sua continuidade é indiscutível". Ainda assim, o PSD deixa a ressalva que "as dinâmicas que envolvem todos os projectos" obrigam a um momento de "avaliação e redefinição de estratégias". Por isso "merecem a participação e empenho de todos".
O apoio da comunidade local, o seu forte carinho e orgulho, é desde a primeira hora uma realidade, que só os mais distraídos podem ignorar Comissão política do PSD na freguesia dos Prazeres
"Os apoios oficiais, atribuídos por mérito, da Câmara Municipal da Calheta, Junta de Freguesia dos Prazeres e naturalmente do Governo Regional, deliberados em sede própria e portanto, com o conhecimento de todos os envolvidos, foram o pilar principal de suporte ao trabalho desenvolvido pela Quinta Pedagógica dos Prazeres e serão imprescindíveis à sua continuidade, como também são todos os apoio das entidades privadas locais e sem esquecer uma palavra de elevado reconhecimento ao trabalho voluntariado da população jovem e menos jovem, desenvolvido neste importante projecto", enaltecem os social-democratas.
20 anos em Outubro
De acordo com a informação disponibilizada no site da Quinta Pedagógica dos Prazeres, a instituição, fundada em 1 de Outubro de 2000, é “um projecto de educação, evolução sociocultural e desenvolvimento do meio rural, de estímulo à economia local e combate à desertificação. Um espaço educativo de defesa da Natureza, das Tradições e da Cultura, com reconhecido interesse público”.
Como projecto procura preservar plantas regionais e receitas tradicionais, utilizando a fruta, as ervas aromáticas para transformar em produtos como a sidra, vinagres de sidra, licores, compotas, desidratados, conservas, farinha integral, ervas aromáticas ou infusões, cuja qualidade é amplamente reconhecida pelos consumidores e por entidades nacionais e internacionais. Há também produtos de confecção artesanal e natural, baseados na tradição e identidade locais, mas com carácter inovador.
Possui ainda uma quinta com animais, pomares, jardins de ervas aromáticas, um pequeno jardim botânico, um herbário e um núcleo museológico, estes com espólio do naturalista Pe. Manuel de Nóbrega, e uma galeria de arte (Galeria dos Prazeres). Anualmente, recebe cerca de 20 mil visitantes.