PS considera que prorrogação do estado de calamidade transmite insegurança
O Grupo Parlamentar do Partido Socialista da Madeira (PS-Madeira) promoveu, esta manhã, junto à Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, uma conferência de imprensa, onde abordou as mais recentes medidas adoptadas pelo Governo Regional em matéria de contenção à covid-19. Acções que, segundo os socialistas, transmitem insegurança para o exterior.
O deputado socialista na Assembleia Legislativa da Madeira e presidente do PS-Madeira, Paulo Cafôfo, disse que “a questão da prorrogação do estado de calamidade e o uso obrigatório e generalizado das máscaras têm causado efeitos extremamente negativos no turismo”, apontando as notícias que dão conta das reservas canceladas em diversas unidades hoteleiras da Região.
O socialista considerou que esta acção tem “transmitido uma mensagem de que a situação epidemiológica na Região está descontrolada”, colocando grande entraves à retoma do sector turístico.
Cafôfo afirmou que há “falta de estratégia” e apontou que “não podemos estar todas as semanas com medidas avulsas, porque aquilo que precisamos, neste momento, é de estabilidade”.
O parlamentar socialista referiu que há também falta capacidade de diálogo no Governo Regional, “porque não auscultou o sector do turismo", assim como "os agentes de turismo" e "outras forças políticas”.
“Tem faltado competência na comunicação, para não dizer que há uma comunicação desastrosa com notícias muito negativas sobre a Madeira espalhadas por todo o mundo”, sustentou.
Paulo Cafôfo sublinhou, assim que é importante não cometer mais erros, mas ressalva que “pior será persistir nesse erro”.
“O Partido Socialista apela para que o Governo Regional possa fazer um recuo nesta resolução, para que possa pôr fim a esta situação”, acrescentou.
Além disso, destaca a importância de ser um destino pró-activo, pois considera que “a proactividade significa que precisamos de apostar fortemente no turismo, porque nunca foi tão importante apostar na promoção do destino Madeira”, tendo vincado a necessidade de uma maior aposta no mercado nacional.
Dessa feita, e tendo em conta o mercado nacional, criticou a falta de soluções, no concerne aos acordos com laboratórios responsáveis pelos testes à covid-19, onde a Madeira conta, neste momento, com apenas três postos.
“Temos três postos de análise, que não são suficientes, nem respondem às necessidades, enquanto que, por exemplo, os Açores têm já 124 postos, espalhados por todo o país”, expõe, reforçando a mensagem que “são necessárias medidas concretas que visem a retoma do turismo, o principal motor da economia regional”.