"É melhor pecar por excesso do que por negligência"
Albuquerque disse ainda não acreditar que o uso de máscara seja motivo para os turistas cancelarem visitas à Região
O presidente do Governo Regional justifica a medida de uso obrigatório de máscara na via pública a partir de amanhã com o aumento substancial previsto de viajantes para a Madeira no mês de Agosto.
Depois de neste mês de Julho terem desembarcado cerca de 31 mil passageiros nos aeroportos da Madeira, lembra que em Agosto estão previsto cerca de 140 movimentos por semana vindos do exterior, cuja expectativa é poderem trazer cerca de 70 mil viajantes, com a agravante de diversos países da Europa voltarem a apresentar níveis "preocupantes" de novos casos de infecção.
Argumentos para justificar a medida de prevenção "por antecipação" em relação às recomendações da OMS.
Rejeita "dramas" sobre a nova medida e considera que é melhor pecar "por excesso do que por negligência".
Albuquerque disse ainda não acreditar que o uso de máscara seja motivo para os turistas cancelarem visitas à Região.
"A conjuntura nos próximos dois meses vai-se alterar substancialmente na Madeira".
Em Setembro com o regresso à escola de 43 mil alunos mais 6 mil professores "que vão ter mais contacto, maior circulação, maiores índices de aglomeração de pessoas, o que significa que há também uma alteração relativamente à possibilidade de propagação do vírus".
Outra razão é o aumento de passageiros previstos desembarcar nos aeroportos da Madeira "70 mil em Agosto e 80 mil em Setembro", que para Miguel Albuquerque "significa que temos de redobrar as cautelas".
"Não acredito que haja cancelamentos ou que alguém deixe de vir à Madeira por causa do uso de máscara".
Quando questionado sobre a legalidade da medida "logo se vê", respondeu.
Para Albuquerque é sobretudo "muito importante que nos próximos meses as pessoas usem a máscara na rua, sobretudo quando estão em contacto umas com as outras" face à alteração conjuntural prevista com a "entrada de dezenas de milhares de pessoas - ainda bem - mas muitas delas provenientes de países com índices de infecção muito elevados" apontando como exemplos o Reino Unido, Alemanha, França e Espanha, para reforçar que "o uso de máscara é essencial para diminuir as possibilidade de contágio. Isso está provado", acentuou.
Albuquerque admitiu que o uso da máscara "é maçador" mas considera a medida "uma questão de precaução".
Sobre a possível tolerância de ponto aos funcionários públicos na data do Rali Vinho Madeira, remeteu a decisão para depois, alegando estar agora mais preocupado em alertar as pessoas para a necessidade de "continuarmos a estar na vanguarda da prevenção. É melhor pecar por excesso do que pecar por negligência e incompetência", concretizou.
Avisou que estas medidas de precaução visam "antecipar medidas de prevenção para posteriormente não termos de tomar medidas muito mais graves", nomeadamente voltar ao confinamento "se tivermos fluxos de infecção que são incontroláveis".