Hospital com capacidade de resposta para cerca de 100 doentes-covid
Ampliação das urgências garante mais 14 camas e será acompanhada da contratação de mais recursos humanos; metas para a legislatura são mais 600 profissionais de Saúde; quota anual de 150 novos profissionais está quase preenchida em 2020
O secretário regional de Equipamentos e Infraestruturas, Pedro Fino, e o secretário regional de Saúde e Protecção Civil, Pedro Ramos, visitaram, esta manhã, as obras que decorrem no Hospital Dr. Nélio Mendonça, concretamente a ampliação das urgências no âmbito de contingência à covid-19.
Esta obra do Governo Regional constituirá um investimento que ronda 1,5 milhões de euros (sem IVA) e tem conclusão prevista para Agosto próximo.
À presente dada está concluída toda a estrutura em betão armado, alvenarias e rebocos, estando em execução os trabalhos das instalações técnicas no interior, pavimentos, serralharias e carpintarias.
"Quando se fala em infra-estruturas para qualquer unidade de Saúde (...) estas são sempre bem-vindas".
A afirmação é de Pedro Ramos, para quem esta obra representa, não só um acréscimo do número de camas no Serviço de Urgência (mais 14), mas reveste-se de grande relevância no contexto da pandemia. As várias obras que têm ocorrido no Hospital Dr. Nélio Mendonça, sublinhou o secretário, "asseguram uma resposta, se for necessário, de grande dimensão, próximo quase dos 100 doentes covid numa provável segunda vaga".
O governante adiantou ainda que esta ampliação vai ser acompanhada da contratação de mais recursos humanos. A meta para a esta legislatura é de mais 600 profissionais da área da Saúde, "uma quota de anual de 150 profissionais, que esta ano está praticamente assegurada para concretizar a estratégia que o Governo Regional implementou para dar resposta à Covid-19", sustentou.
Pedro Ramos recordou também, que durante a última legislatura o Governo Regional assegurou a contratação de 1.528 profissionais de saúde todas as áreas.
Por seu turno, Pedro Fino destacou que a sua secretaria de "a pandemia relacionada com o novo coronavírus obrigou os sistemas e serviços de saúde a adoptarem, de forma célere, medidas excepcionais de atendimento dos doentes", pelo que a sua secretaria decidiu avançar de imediato com a ampliação das urgências, " procurando responder, em tempo útil, e na medida do estritamente necessário, às necessidades transmitidas pelo SESARAM", isto "sem comprometer o atendimento eficiente e seguro dos doentes Não-covid".
De referir que esta intervenção engloba: a construção de uma área de enfermaria, contígua ao Serviço de Urgência, com maior capacidade e com as necessárias estruturas de apoio clínico e não clínico, como sejam as áreas de trabalho médico, trabalho de enfermagem, laboratório e farmácia, armazenamento de equipamento clínico, instalações sanitárias para os profissionais e doentes, de descanso para os profissionais.
Esta ampliação do Serviço de Urgência implicou uma intervenção de raiz, com a demolição das infra-estruturas existentes no local da intervenção.
A intervenção irá garantir, segundo o executivo, "o distanciamento adequado entre doentes e entre estes e os profissionais de saúde, conjugada com a exiguidade de espaço do Serviço de Urgência do Funchal", sendo o Hospital Dr. Nélio Mendonça a única resposta, actual, de serviço público de saúde ao nível de cuidados hospitalares na Região Autónoma da Madeira.