Para onde vamos?
Todos os dias enfrentamos desafios relevantes com os quais é fácil perder o pé. Muitas promessas ficam por cumprir e a rasga-se o que ficou acordado através da palavra ou por escrito.
Estes comportamentos fazem muitas vítimas e geram situações graves.
Quase todos os dias somos confrontados com desenvolvimentos vindos a público quer de gente conhecida, quer anónima sobre a banalização do rompimento dos laços contratuais. Quem usa este expediente, pensa que o pode fazer a qualquer momento, de qualquer maneira, sem se importar com as consequências de tal acto.
Esta maneira de proceder são feridas profundas na confiança da ligação efectiva ou profissional entre pessoas de bem.
Hoje em dia, esta predisposição para não cumprir o que ficou contratualizado, é quase normal. Não deveria ser assim.
Atente-se, no caso dos dois amigos americanos que combinaram há 28 anos, caso a lotaria saísse a um deles dividiriam o prémio. Há pouco tempo, o prémio acabou mesmo por sair e o vencedor dividiu com o amigo os 20 milhões de euros e afirmou: “Não importa a quão antiga é a promessa. Nem assinámos nada, mas um acordo de cavalheiro e um aperto de mão têm que simbolizar alguma coisa, não é?”. Este é o lado bom do ser humano. Que elevação.
A palavra, o sentimento de dignidade, os compromissos, são valores que não se podem violar. Mal vai a sociedade que convive bem com o contrário do socialmente aceite.
Podemos continuar a confiar nas pessoas?
Carlos Oliveira