Mudam-se os dias, impõem-se as vontades...
O Dia da Mãe era assinalado em todo o mundo, embora com datas diferentes. Em Portugal, começou por ser comemorado a 8 de Dezembro por iniciativa da Mocidade Portuguesa Feminina, na década de cinquenta do século XX.
A celebração de Nossa Senhora da Conceição honra a conceção de Maria, que foi concebida sem haver pecado. A palavra “imaculada” deriva do latim “sem mácula” ou seja, sem mancha. No dia 8 de Dezembro o Papa Pio IX definiu a conceção imaculada de Maria como um dogma religioso e desde então esta data é celebrada pela Igreja Católica e por todos os fiéis. O dia 8 de Dezembro antecede em 9 meses a data da natividade de Maria, que é o dia 8 de Setembro, e por essa razão esta data ficou definida como a data em que Maria foi concebida, imaculada sem pecado, no sei de sua mãe, Santa Ana.
Mais tarde, o Dia da Mãe passou a ser celebrado no 1º domingo de Maio, em homenagem à Virgem Maria, reservando o dia 8 de Dezembro para a festa litúrgica de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Portugal.
A eleição destas datas teve como fim prestar uma homenagem a todas as mães, reforçando o amor que os seus filhos lhes dedicavam, bem como a gratidão pelo dom da vida e por todo o acompanhamento familiar.
Por sua vez o Dia do Pai era celebrado a 19 de Março, dia da festa litúrgica de S. José, esposo da Virgem Maria e Pai adoptivo de Jesus Cristo.
Em Portugal, o Dia Mundial da Criança é festejado no dia 1 de Junho. Esta efeméride assinalou-se pela primeira vez em 1950 por iniciativa das Nações Unidas, com o objetivo de chamar a atenção para os problemas que as crianças enfrentavam, num mundo após guerras mundiais.
O mês de Junho foi ultimamente declarado pelo lobby LGBT como mês do orgulho gay. A Disneylândia em Paris, Califórnia e Flórida, organizaram um desfile gay – Magical Pride- a decorrer nos seus espaços durante o Dia da Criança do ano passado.
Milhares de pessoas protestaram contra este evento, numa campanha organizada pela Citizen, alegando ser um espectáculo impróprio para crianças que ali se deslocavam com as suas famílias nessa data, em busca de diversões infantis e neutras de qualquer ideologia sexual.
No final do passado mês de Maio, a Assembleia Geral das Nações Unidas estabeleceu o Dia Mundial das Mães e dos Pais em 1 de Junho, com início imediato em 2020, facto que se tornou despercebido devido à pandemia do Covid-19 que assolava o mundo inteiro.
Algumas imagens e textos surgiram de forma suave e quase despercebida. Todavia registei algumas, as quais transcrevo para dar conhecimento ao leitor.
“Há só uma mãe e um pai. Deram-nos a vida e acompanharam-nos com o seu amor e proteção. Muito do que somos, a eles devemos. É justo ter um dia mundial para lembrá-los, honrá-los e refletir sobre o trabalho essencial que a família faz na nossa sociedade”, e “O trabalho dos pais é muito importante”.
Porém, também encontrei algumas passagens e imagens que me deixaram perplexa sobre o motivo e/ou a necessidade de serem alteradas estas datas familiares festivas, como o Dia da Mãe e o Dia do Pai, para se concentrarem no dia 1 de Junho, Dia da Criança, coincidência que, se à primeira vista parece inocente, um pouco de associação de ideias e recorrendo ao passado recente, verifico que o plano é outro, o qual está patente nas imagens e textos que se seguem.
«DIA MUNDIAL DOS PAIS E DAS MÃES
Amor é amor
O Dia Mundial dos Pais e Mães, comemorado em primeiro de junho, é um momento essencial para celebrar todos os tipos de família, inclusive aquelas que surgem por meio da adoção.
Comemorar o Dia Mundial dos Pais e Mães, no primeiro de junho, é um passo importante para que as crianças entendam que é tudo bem ter duas mães, dois pais, um pai, uma mãe. O que importa é o amor!»
O que será que o futuro nos reserva em efemérides efémeras? Ou em tradições, tradicional e religiosamente mantidas, ao longo de anos, geração após geração, e agora repudiadas, banalizadas, vandalizadas, seu pudor nem respeito pelo seu significado histórico, cultural, psicológico, afectivo ou material?
Porém, “o futuro começa ontem”, pelo que urge estarmos muito atentos, vigilantes, disponíveis e conscientes, de que nem tudo o que se pode fazer, deve ser feito. Há um limite de bom senso, de respeito, de sentido do dever e de não exceder as regras consideradas normais pela sociedade, sem influências mediáticas, partidárias e muito menos ideológicas.