Coronavírus Madeira

Graça Freitas fala do uso obrigatório de máscara na Madeira e diz que na rua "há espaço e vento"

"Dizemos que uma das medidas de prevenção no interior para fazer prevenção da transmissão é o arejamento. Abrir portas e janelas para que o ar circule e para que as partículas que possam existir se dispersem", referiu a directora-geral da DGS

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TIAGO PETINGA/POOL/LUSA

Foi na última pergunta da conferência de imprensa da Direcção-Geral da Saúde (DGS) que Graça Freitas se pronunciou sobre a medida do Governo Regional da Madeira em torno do uso obrigatório de máscara que passará a vigorar a partir deste sábado, dia 1 de Agosto.

A directora-geral da DGS começou por relembrar que lidera a autoridade de saúde nacional para o território continental, separando as águas. “É bom que se perceba que as regiões autónomas têm uma dinâmica própria no que diz respeito às autoridades de saúde e, portanto, as normas e orientações podem ser utilizadas em todo o território português, mas as regiões autónomas têm autoridades de saúde próprias”, mencionou Graça Freitas.

Posto isto, a responsável pela autoridade de saúde nacional explicou que as orientações para a utilização de máscaras “tem acompanhado, não só a própria evolução da pandemia, como também a evolução do que foi sendo o conhecimento nesta matéria”. E assume que não houve, até agora, “nenhum problema em fazer alterações às decisões que são tomadas num determinado dia em função da evidência que venha a surgir noutra altura”.

As máscaras fazem parte de um pacote de protecção e esse pacote implica também a distância física entre as pessoas, porque se nós usarmos máscaras que não têm capacidade de filtrar a 100% os microrganismos ou qualquer outro agente esse método de barreira que nos ajuda a proteger pode não nos proteger completamente. Utilizar a máscara não implica que deixemos de ter cuidado com a distância física que nos deve separar nestas alturas, mas obviamente a máscara é um método de barreira que ajuda, também como ajuda a lavagem das mãos, das superfícies ou a etiqueta respiratória Graça Freitas, directora-geral da DGS

Salientando que a DGS se aconselha junto “dos melhores peritos em controlo de infecção”, bem como através das instituições mundiais, como a Organização Mundial de Saúde (OMS) ou o Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), Graça Freitas diz que o que está descrito relativamente ao exterior é que “as partículas que saem da nossa saliva podem conter vírus e em determinadas circunstâncias esses vírus podem ficar em partículas mais pequenas no ar”.

“Mas, é preciso ver se essas partículas que estão nos aerossóis – que existem de facto – são ou não infecciosas. Se têm capacidade de infectar alguém. Se num local interior as circunstâncias são diferentes (…) que circunstâncias diferentes são as exteriores? Primeiro desde logo pela concentração, porque no exterior há à nossa volta espaço e vento. Dizemos que uma das medidas de prevenção no interior para fazer prevenção da transmissão é o arejamento. Abrir portas e janelas para que o ar circule e para que as partículas que possam existir se dispersem. Portanto, é com base nestas circunstâncias, e de acordo com os peritos, que à data a nossa recomendação para a utilização das máscaras é em determinadas circunstâncias”, vincou.

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