Número de casos em Israel ultrapassou dois mil em 24 horas
O Ministério da Saúde de Israel informou hoje que se registaram no país 2001 novos casos de infeção do novo coronavírus em 24 horas, um valor que as autoridades consideram como limite para voltar a decretar novas medidas.
Espera-se que Ronni Gamzu, o novo coordenador nacional para a pandemia de covid-19, apresente hoje o plano para deter a propagação da "segunda vaga" apesar da implementação de medidas como o uso de máscaras de proteção sanitária.
De acordo com a imprensa local, Gamzu quer evitar um novo confinamento que parecia iminente nas últimas semanas, tendo o ministro da Saúde, Yuli Edelstein, admitido como "situação inevitável" quando foram ultrapassados os mil casos diários.
Os casos positivos contabilizados nas últimas 24 horas elevam o número total para os 64.649 desde que foi registado o primeiro caso no país, em finais de fevereiro.
Atualmente são poucas as restrições aplicadas pelas autoridades israelitas: não há limitações em relação ao movimento de pessoas e a maior parte dos estabelecimentos comerciais estão a funcionar apesar do "encerramento parcial" durante o fim de semana.
O país continua a restringir a entrada a estrangeiros e a turistas e foi imposta aos cidadãos israelitas que chegam a Israel uma quarentena de 14 dias.
Nas últimas semanas instalou-se uma polémica entre o governo e a Comissão Parlamentar formada para supervisionar a resposta à pandemia e que anulou várias medidas anunciadas pelas autoridades, incluindo o encerramento total de restaurantes e ginásios.
Ao mesmo tempo cresce um movimento de contestação contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pela forma "irresponsável" como geriu a crise sanitária desde o princípio provocando uma crise económica.
Têm-se realizado manifestações contra o Governo sendo que os manifestantes também acusam o primeiro-ministro de corrupção, devido aos casos judicial em curso contra Netanyahu.