Nova época de sofrimento para Marítimo, limitado à manutenção
O Marítimo voltou a desapontar na I Liga portuguesa de futebol, na qual se limitou a evitar os lugares de despromoção, meta alcançada na recta final da prova, num percurso semelhante a 2018/19.
Embora o objectivo da manutenção tenha sido conseguido, o presidente do clube madeirense, Carlos Pereira, já reconheceu desilusão no balanço feito, pois os 'verde rubros' estão habituados a posicionarem-se na primeira metade da tabela, e passaram a maior parte do campeonato perto da 'linha de água'.
Mudança no comando técnico, algo que já se tornou frequente no Marítimo, voltou a acontecer, quando o ex-Feirense Nuno Manta Santos, escolhido para liderar a equipa no arranque da época, conseguiu apenas duas vitórias nas 11 jornadas iniciais, e deu lugar a José Gomes, o nono treinador nos últimos seis anos no clube insular.
O antigo treinador do Rio Ave, que começou 2019/20 no segundo escalão do futebol inglês, ao serviço do Reading, até se estreou com o pior resultado da época (0-4 diante do Benfica, na Luz), mas seguiram-se cinco jogos sem perder.
A pior série de resultados do Marítimo aconteceu entre as rondas 22 e 26, ao somar um ponto em cinco partidas, incluindo três desaires seguidos antes da paragem do futebol, provocada pela pandemia de covid-19.
O conjunto madeirense reagiu, com José Gomes a introduzir um sistema de três defesas centrais, e teve o melhor momento da época, ao conquistar três vitórias consecutivas, a primeira face ao Benfica (2-0), além de quatro jogos sem sofrer golos, fase coroada com a garantia da permanência no principal escalão.
Em evidência, estiveram os centrais Zainadine e René Santos (este último até começou a temporada a jogar como médio defensivo), os jogadores mais regulares da equipa ao longo da I Liga, o ala internacional guineense Nanu, que fez a sua época de afirmação, com qualidade e versatilidade nas várias posições ocupadas, e o avançado brasileiro Rodrigo Pinho, o melhor marcador dos 'verde rubros' (nove golos).
Já o ponta de lança camaronês Joel Tagueu, que regressou em Janeiro, após vários meses de baixa devido a um problema cardíaco, não teve o mesmo rendimento de outras épocas no clube, juntando-se ainda Jhon Cley e Marcelinho, reforços que prometeram, mas acabaram por não se afirmar.