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Fazer Férias Cá Dentro

Há dias, dirigi-me à empresa que comercializa o transporte marítimo entre a Madeira e o Porto Santo, a fim de reservar as minhas férias cá dentro, na melhor praia do mundo.

Como já é meu hábito, e porque é desagradável viajar num navio sobrelotado em plena época alta, pedi a minha reserva para aquele dias de Agosto em que o barco efectua duas viagens. Ao contrário do que seria expectável devido à crise pandémica, fui informada que, neste ano, só se realiza uma viagem por dia. E recomendaram-me a comparência no embarque uma hora antes da partida, pois as viagens estão a ser realizadas com a máxima lotação.

É no mínimo estranho, que uma empresa detentora de uma concessão financiada pelo dinheiro dos nossos impostos, pareça estar isenta de cumprir com as regras básicas do distanciamento social, que a nós, comuns mortais, é constantemente imposto.

Devem ser estes mesmos critérios que presidem à organização de eventos automobilísticos considerados “essenciais”, pois a malta aficionada do roncar dos motores precisa de descomprimir. Os empresários da noite funchalense, que foram incentivados a reabrir os seus estabelecimentos, mas que agora andam com a polícia à perna, têm toda a legitimidade para ir manifestar a sua indignação à entrada da Quinta Vigia contra esta dualidade de critérios.

E já agora, que o Sr. Presidente equacionou a ideia peregrina de, a partir de Setembro, decretar o uso obrigatório de máscara até nos espaços ao ar livre, eu pergunto se, os participantes do Cortejo da Flor também serão obrigados a desfilar mascarados. Assim teremos um pleno, 3 em 1: as Festas da Flor, Vinho e Carnaval numa só. Excelente maneira de promover a imagem turística da nossa ilha, nesta hora de agonia: “Visite a Madeira, o melhor destino insular do mundo. Um destino tão seguro, onde até é proibido respirar o ar puro da floresta Laurissilva, sentir o cheiro da maresia e o perfume das suas flores”.

Os políticos, se estivessem realmente preocupados com a nossa saúde, em vez de seguirem as directivas de uma OMS completamente subjugada às ambições hegemónicas da ditadura chinesa e aos interesses económicos das grandes empresas farmacêuticas e tecnológicas, para já não falar de bilionários sem escrúpulos como o Sr. Bill Gates, deveriam entregar as questões da saúde àqueles médicos que, por honrarem o seu Juramento de Hipócrates, estão dispostos a colocar as suas carreiras em risco, por se atreverem a contestar a narrativa oficial sobre esta pandemia, veiculada até à exaustão pelos canais de televisão, que não são mais que meras armas de propaganda ao serviço de interesses ocultos.

Madalena Costa

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