Estado australiano com recorde diário de mortes em Melbourne
As autoridades do estado australiano de Victoria contabilizaram dez mortos por covid-19 nas últimas 24 horas, um novo recorde diário desde o início do surto na capital regional, Melbourne, foi hoje anunciado.
Entre os dez óbitos conta-se um homem na casa dos 40, a vítima mais jovem na Austrália desde o início da pandemia, segundo as autoridades australianas.
Além disso, nas últimas 24 horas foram ainda diagnosticados 459 novos casos.
No estado de Victoria, há agora 228 doentes hospitalizados, 42 dos quais nos cuidados intensivos.
A Austrália iniciou na segunda-feira uma investigação judicial ao novo surto de covid-19 em Melbourne, para apurar se houve violações das regras de segurança nos hotéis designados para realizar a quarentena obrigatória de viajantes vindos do estrangeiro.
De acordo com a imprensa local, os seguranças terão deixado os viajantes sair dos seus quartos ou mesmo tido relações sexuais com pessoas em quarentena.
Em 08 de julho, Melbourne, a segunda cidade mais populosa do país, foi colocada novamente em confinamento até 20 de agosto, após o fracasso das medidas para evitar a propagação do vírus.
O novo surto levou as autoridades de Victoria a impor a utilização de máscaras em Melbourne e na cidade rural de Mitchell, também sob confinamento, uma medida sem precedentes na Austrália.
No estado limítrofe de Nova Gales do Sul, que encerrou pela primeira vez em cem anos a fronteira interna com Victoria, as autoridades permanecem em alerta máximo face aos focos detetados em Sidney, capital regional.
A Austrália contabilizou mais de 13 mil casos de covid-19 desde o início da epidemia no país, em março, além de 155 mortos.
A pandemia de covid-19 já provocou cerca de 640 mil mortos e infetou mais de 15,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.