Novos militares madeirenses são “o exemplo de uma juventude que Portugal se pode orgulhar”
19 soldados recrutas prestaram esta tarde Juramento de Bandeira no RG3
Os 19 soldados recrutas – entre os quais 5 do sexo feminino - que esta tarde fizeram Juramento de Bandeira no Regimento de Guarnição n.º 3 (RG3) são “o exemplo de uma juventude que Portugal se pode orgulhar”, enalteceu o comandante da Zona Militar da Madeira, Brigadeiro-General Pedro Sardinha, durante a cerimónia alusiva ao 5º Curso de Formação Geral Comum de Praças do Exército, que iniciou a formação a 22 de Junho.
Na alocução às Forças em Parada, o comandante da Zona Militar da Madeira destacou o “tão honroso acto solene” que encerra as cinco semanas de formação, mas sobretudo “a determinação e vontade de vencer” dos novos militares, que com “coragem e altruísmo” assumiram o juramento à Pátria.
Atendendo à situação epidemiológica da Covid-19 em que vivemos, não apenas a formação foi adaptada às contingências como a própria cerimónia – que pela primeira vez realizou-se no período da tarde – também decorreu em moldes diferentes do habitual – apenas meia hora.
Apesar das contingências a motivação mantém-se, só que agora também “empenhados e determinados nesta causa comum, o combate à Covid-19”, destacou.
À margem da cerimónia realizada debaixo de muito sol, o Brigadeiro-General Pedro Sardinha assumiu que são “muito animadores os resultados” ao dar também conta que “o interesse dos jovens (pelo exército) tem sido bastante grande”. Tanto assim é que os candidatos já inscritos para a próxima corporação, em princípio prevista para o mês de Outubro, é em “número considerável” embora ainda sujeitos a provas de classificação e selecção.
Comandante que enalteceu o “altruísmo e vontade de bem servir e a abnegação” pelos novos militares.
Luísa Silva foi distinguida como a melhor recruta na formação. Não conteve a emoção quando lhe foi entregue, na presença da família, o diploma de instruendo melhor classificado.
No final da cerimónia revelou que este “era já um sonho desde pequenina”, atraída pelo gosto de “ver os militares a marchar e manusear as armas” e fascinada com a “disciplina” demonstrada por estes.
Actualmente com 24 anos, a jovem soldado revelou que a situação da pandemia acabou por a influenciar quando já estava prestes a atingir o limite de idade: “Agarrei este desafio e ingressei no exército”, afirmou.
Classifica a experiência como uma “aprendizagem” onde destaca a “disciplina” e o “espírito de sacrifício” assente na máxima “para sermos um bom militar temos que ser um bom cidadão”.
Atributos que fizeram de Luísa Silva a melhor da formação. Agradeceu o reconhecimento mas justifica que não foi esse o objectivo, mas tão-somente “dar o meu melhor a cada dia que passava”.
Determinada em seguir a carreira militar, revelou que fará um ano de contrato na Madeira e depois “concorrer para a Academia Militar ou para a Escola de Sargentos”, embora admita desde já que a Academia Militar será muito provavelmente o futuro próximo “por causa da idade”, justificou.