NASA escolhe Madeira para imagem do dia em satélite e descreve fenómeno atmosférico
A Madeira figura esta quinta-feira como imagem do dia na National Aeronautics and Space Administration (NASA). Retirada do satélite 'Terra', a fotografia - captada a 16 de Julho deste ano - mostra o arquipélago rodeado por nuvens e motivou uma breve descrição de um fenómeno atmosférico que ocorre no Norte da ilha.
“Às vezes apelidada de ‘ilha da eterna Primavera’, surge abruptamente no Atlântico Norte, a cerca de 483 quilómetros da costa de Marrocos. Os altos e baixos picos das montanhas da Madeira são na verdade a crista de um enorme vulcão submerso que se foi formando ao longo dos anos, começando na época do Miocénico e continuando até cerca de 700 mil anos atrás. A localização da ilha não garante apenas um clima ameno como a Primavera, mas os ventos predominantes no Nordeste também garantem uma brisa quase constante e uma cobertura frequente de nuvens”, destaca a referida publicação.
Cometa 'Neowise' foi avistado na Madeira esta última noite
Foi o primeiro cometa visível do ano descoberto pelo telescópio espacial da NASA, que baptizou o corpo celeste como 'Neowise'. A próxima passagem está prevista só para daqui a 6.800 anos
Ao longo da descrição, a NASA faz questão de descrever o fenómeno atmosférico que se vislumbra na imagem do dia. “O rasto das nuvens é a parte visível de um padrão de vento chamado ‘von Kármán vortices’. Estes vórtices podem se formar em quase qualquer lugar em que o fluxo (como uma massa de ar) seja perturbado por um objecto sólido. Nesse caso, os ventos soprados através do oceano são perturbados por uma pequena ilha. A massa de ar e as nuvens a se moverem com ela sopram em redor, em vez de sobre a ilha. Esse movimento cria um padrão de rotação no ar atrás da ilha, com um lado a soprar no sentido horário enquanto o outro gira no sentido anti-horário. Nesse caso, a velocidade do vento - relativamente baixa - causa uma perturbação moderada do vento e das nuvens atrás da ilha, deixando um rasto semelhante a uma cobra acima das águas azuis do Atlântico Norte”, pode ler-se.