Tiroteio em Chicago faz 14 feridos
Pelo menos 14 pessoas ficaram feridas na terça-feira num tiroteio em Chicago, informou a polícia, numa altura em que o Presidente norte-americano ameaça enviar agentes federais para aquela cidade, em resposta a uma onda de crimes.
O incidente deu-se cerca das 18:30 de terça-feira, hora local (mais seis horas em Portugal), quando ocupantes de um carro "começaram a disparar contra as pessoas que participavam num funeral", que também "trocaram tiros com o veículo", informou o Departamento de Polícia de Chicago, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
O veículo acabaria por ter um acidente e os seus ocupantes conseguiram fugir, de acordo com a mesma fonte.
Pelo menos 14 pessoas foram hospitalizadas, não tendo sido fornecida informação sobre a gravidade dos ferimentos.
Uma pessoa estará a ser interrogada pela polícia em relação com o tiroteio, informaram as forças de segurança.
Este é o mais recente episódio de violência depois de o Presidente norte-americano ter ameaçado enviar tropas federais para aquela cidade.
Na sexta-feira, a polícia de Chicago dispersou à bastonada manifestantes que tentavam derrubar uma estátua de Cristóvão Colombo, depois de ter sido recebida com petardos e arremesso de pedras e latas.
As forças de segurança informaram que 18 polícias ficaram feridos, levando Donald Trump a descrever a situação em Chicago como "pior que no Afeganistão".
"Isto é pior que o Afeganistão. Isto é pior que alguma coisa que alguém tenha visto. Tudo dirigido pelos mesmos democratas liberais", acusou Trump.
O Presidente norte-americano ameaçou na segunda-feira enviar forças federais de ordem pública também para outras cidades nas mãos dos democratas, como Nova Iorque, Chicago, Filadélfia e Baltimore, para conter a violência.
"Não vamos abandonar Nova Iorque, Chicago, Filadélfia, Detroit e Baltimore", disse Trump, acusando os governantes daquelas localidades de pertencer à "esquerda radical".
Os responsáveis de Portland, Seattle, Chicago, Atlanta e da capital, Washington, reagiram enviando uma carta ao procurador-geral, opondo-se ao "destacamento unilateral" de forças federais nas suas cidades.
No domingo, a procuradora-geral do Oregon, Ellen Rosenblum, exigiu que o Governo federal ponha fim às polémicas táticas para enfrentar os protestos em Portland.
Nos últimos dias, agentes federais do Departamento de Segurança Nacional (DHS) e de outras agências foram enviados a Portland com o argumento de que eram necessários para conter os protestos por racismo que se prolongam há mais de 50 dias, mas as autoridades locais consideraram que a intervenção está a agravar a situação.