Programa para Orla Costeira valoriza Porto Santo
POC do Porto Santo Foi apresentado ao final desta tarde de terça feira, no auditório do Centro Cultural e de Congressos
O Programa para a Orla Costeira (POC) do Porto Santo foi apresentado ao final desta tarde de terça feira, no auditório do Centro Cultural e de Congressos da Ilha Dourada.
Este programa começou a sua discussão publica no passado dia 13 de Julho e, vai terminar a 21 de Agosto próximo.
O director regional do Ambiente e Alterações Climáticas, Ara Oliveira, disse ao DIÁRIO, a propósito deste POC, que “é fundamental e considerando e relevância da Orla Costeira ao seu território, e talvez o maior valor, para além das suas gentes (porto-santenses), é praia do Porto santo, são as dunas e o sistema dunar”.
Valorização de um território
“Sabendo que este instrumento está muito focado na valorização, na recuperação e na conservação deste património, está mais do que claro da importância que este programa tem” , disse Ara Oliveira.
Ara Oliveira explica que o POC, “é um instrumento é uma proposta muito conservadora, na perspectiva em que está muito focada na valorização do território, na sua conservação tal nós conhecemos, e que são valores que nós gostamos e nos identificamos, e procura não descaracterizar de todo”.
No entanto, ressalvou, “não deixa de ser ambicioso na perspectiva que compromete os vários sectores da construção publica, como a Câmara e os departamentos governamentais, no sentido de um compromisso a dez anos, com instrumentos que vão permitir essa conservação e valorização do território”.
As pessoas devem “vestir” a camisola
A arquitecta Ana Barroco, que está igualmente integrada na apresentação e elaboração deste POC, falou sobre o documento: “Os territórios e quando falamos em territórios falamos também em património, falamos em pessoas, logo falamos nas pessoas que vivem cá, portanto faz parte do território”.
“Qualquer plano, qualquer programa que se faça sobre um território, só é efectivamente concretizável se as pessoas vestirem a camisola e ele for também aquilo que é a vontade de das pessoas que estão cá”, disse a arquitecta.
Ana Barroco acrescentou: “O território é construído por todos aqueles que vivem, pelos os que visitam e por todos os agentes”.
Para a arquitecta, este POC, “para além de apostar na valorização e tem de facto uma visão dessa valorização, também aposta na protecção de pessoas e bens”.
“Os riscos costeiros são um dos aspectos importantes deste plano, que visa precisamente criar condições para que as pessoas possam viver com qualidade neste território que no fundo, é sempre o objectivo fim e último deste instrumento”.
O auditório esteve bem composto por várias entidades - não só locais, mas também muitos cidadãos - e todos com sua máscara e sentados com o devido distanciamento, por causa da pandemia e as regras de segurança que assim o exigem.