Forças Armadas têm 29 militares infectados
As Forças Armadas contabilizam 29 militares infetados com o novo coronavírus, sem haver sinal de qualquer surto, revelou hoje o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, em Leiria.
"Naturalmente que os militares não são imunes. Todos os dias recebo um relatório sobre o estado de infeção. Ontem tínhamos 29 militares infetados, nenhum deles, felizmente, em qualquer situação de gravidade, e cerca de uma centena de militares que não estão infetados, mas por precaução estão em quarentena", informou o governante.
Para João Gomes Cravinho, "a primeira missão das forças armadas é sempre salvaguardarem a sua própria capacidade de intervenção", o que "desde o primeiro dia foi feito no âmbito das Forças Armadas".
O ministro da Defesa acrescentou que tem estado a receber informação do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas diariamente, que lhe transmitiu que não se verificou "nenhum surto nas instalações militares".
João Gomes Cravinho, que referiu ainda que esteve hoje presente na despedida de um contingente de 129 militares que foram para o Afeganistão, explicou que a cerimónia teve a presença de cinco representantes do contingente.
"Os outros 124 militares estavam resguardados em quarentena há duas semanas para, chegando ao teatro de operações, neste caso ao Afeganistão, terem a certeza de que não levavam o vírus", afirmou o ministro da Defesa, à margem da cerimónia de assinatura dos protocolos de cooperação para a implementação do Referencial de Educação para a Segurança, a Defesa e a Paz.
Segundo o governante socialista, "esse tem sido" o método utilizado "em todas as áreas de intervenção" da Defesa.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 606 mil mortos e infetou mais de 14,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.691 pessoas das 48.771 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.