Itália regista mais três mortes, região de Roma admite confinamentos
Itália registou mais três mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, numa altura em que as autoridades da região de Lácio, onde fica a capital, Roma, ponderam impor o confinamento se houver mais surtos de infecção.
As mortes anunciadas hoje elevam para 35.045 o número total de óbitos resultantes da pandemia, desde que o estado de emergência foi decretado em Itália, a 21 de Fevereiro, indicou a proteCção civil local.
Na região da Lombardia (norte), a mais castigada do país, não houve registo de nenhuma morte, pela primeira vez desde 22 de Fevereiro.
O último balanço oficial dá conta de 218 novos contágios, num total de 244.434 pessoas infectadas com coronavírus, contando mortos, doentes e curados (entre sábado e domingo curaram-se 143 pessoas).
O ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, alertou hoje, nas redes sociais, para a necessidade de os cidadãos continuarem a respeitar as regras de prevenção de infecção e contágio.
"Estamos a meio de uma batalha. É essencial continuarem a comportar-se correctamente: uso de máscara, distanciamento de pelo menos um metro e lavagem frequente das mãos", recordou.
Speranza é um dos ministros do Governo italiano que defende o prolongamento do estado de emergência -- que termina a 31 de Julho -- até final do ano, mas será o parlamento a tomar essa decisão.
Entretanto, o delegado de saúde de Lácio, Alessio D'Amato, informou que se registaram hoje 17 novos casos de covid-19 na região, dez deles "importados" de outros países.
Muitos dos casos que têm sido registados na zona de Roma dizem respeito a trabalhadores do Bangladesh que voltaram a Itália.
"Apelo à utilização de máscaras, doutra forma teremos de fechar outra vez", avisou, numa publicação na rede social Facebook.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 601 mil mortos e infectou mais de 14,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Itália é o quinto país com mais mortos pela doença, transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, cidade da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em Fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.