“Plano de recuperação a apresentar à Europa deve envolver as Regiões”, defende Sérgio Marques
Deputado do PSD refere-se à Cimeira que decorre, neste fim-de-semana, em Bruxelas
Referindo-se à cimeira que decorre, este fim-de-semana, em Bruxelas, para discutir ao plano de relançamento da União Europeia e que conta com a participação dos líderes do 27 Estados-Membros, entre os quais o primeiro-ministro português António Costa, o deputado do PSD/M eleito à Assembleia da República Sérgio Marques reforça a importância do consenso em torno das medidas e das verbas a atribuir a cada país e lembra:
"O apoio europeu à Madeira é fundamental para que a Região possa sair da crise".
Ao contrário do que era previsto, a reunião do Conselho Europeu em Bruxelas ainda prossegue neste domingo, num terceiro dia de trabalhos que o deputado do PSD/M eleito à Assembleia da República espera profícuo, até para que, finalmente, “os líderes europeus possam chegar a consenso e fechar um acordo que é necessário e fundamental para que a Europa avance na recuperação da crise, apoiando cada um dos 27 Estados-Membros e respectivas regiões”.
"Um acordo que não sendo fácil – até porque implica conciliar visões, opiniões e perspectivas diferentes entre si – é vital para uma Europa que já não pode esperar muito mais e para que, na base das propostas que aguardam aprovação neste Conselho Europeu, a recuperação económica e a resposta à crise que resultou do tsunami pandémico em que nos encontramos, venham a sair facilitadas”, disse.
Sérgio Marques que, enfatizando a importância deste acordo para Madeira – dado que existe um conjunto muito significativo de verbas que poderá auxiliar a saída da crise profunda que ora se impõe – apela a que “sendo a Madeira uma das regiões mais afectadas, por força da sua dependência do turismo e do transporte aéreo, venha a ser uma das mais apoiadas pela Europa na sua normalização.”
Em causa, explica, “temos a perspectiva de um envelope financeiro, apenas do Fundo de Recuperação, que oscila entre os 600 e os 700 milhões de euros, sendo que, a este Fundo de Recuperação, somar-se-ão as verbas que advirão do próximo Quadro Financeiro Plurianual, que poderão andar à volta dos mil milhões de euros”.
O mesmo é dizer “que a Madeira poderá dispor de um pacote de fundos sem igual relativamente ao passado e que esta é, sem dúvida, uma grande oportunidade que não podemos perder e que exige, da parte do Governo da República, capacidade de negociação e, também, de envolvimento da Região no Plano de recuperação a apresentar a Bruxelas”, reforça, adiantando que o ideal é que estas ajudas começassem a chegar a partir de Janeiro de 2021.
Social-democrata que, a este propósito, faz questão de vincar a necessidade de o Governo da República ouvir e integrar a Madeira nas negociações que venha a apresentar junto da Europa.
“O país vai ter de apresentar um Plano de recuperação a Bruxelas para absorver as verbas ora em discussão e não é aceitável que ainda não esteja definida, neste momento, a participação das Regiões na elaboração desse mesmo plano. Temos vindo a trabalhar com o Governo da República nesse sentido e aquilo que esperamos é que o contributo das regiões autónomas seja tido em linha de conta, até porque é crucial para que tenhamos um Plano de recuperação que seja verdadeiramente nacional e não um plano circunscrito ao rectângulo”.
Sérgio Marques que adiantou ainda, na sua iniciativa de hoje, que, na próxima terça-feira, terá lugar, na Assembleia da República, uma reunião com a Secretária de Estado dos Assuntos Europeus, na qual os deputados nacionais terão acesso a um relatório sobre tudo o que tiver sido definido neste Conselho Europeu que ainda decorre.