PS-Madeira defende reorganização do Sistema Regional de Saúde
O Grupo Parlamentar do Partido Socialista da Madeira (PS-Madeira) promoveu, esta manhã, em frente ao Centro de Saúde de Santo António, no Funchal, uma conferência de imprensa, onde defendeu a necessidade de retomar e de reorganizar todo o Sistema Regional de Saúde, com especial enfoque nos cuidados de saúde primários, após os constrangimentos no funcionamento provocadas pela covid-19.
“Como sabemos o coronavírus levou a que o Sistema Regional de Saúde, e bem, tivesse que se readaptar e se ajustar para o ‘combate’ que tivemos que enfrentar”, começou por dizer o porta-voz do grupo, o deputado Paulo Cafôfo, aproveitado ainda para fazer uma saudação especial aos profissionais de saúde da Região pelo papel que tiveram na contenção do vírus.
Mas “este combate ainda não terminou", alertou o socialista, sublinhando que "enquanto o vírus estiver entre nós, ou enquanto não for encontrada uma solução, uma vacina ou um tratamento, teremos de continuar a alocar recursos para o controlo desta pandemia”.
Para Cafôfo, esta situação “não invalida", no entanto, "que todo o Sistema Regional de Saúde deixe de funcionar”. O deputado defendeu assim "a necessidade de uma retoma gradual do funcionamento do sistema de saúde, particularizado o acesso aos cuidados prestados pelos centros de saúde".
“É natural que as pessoas depois de cerca de três meses confinadas, estejam, neste momento, a deslocar-se com uma maior afluência aos centros de saúde, onde tem havido dificuldades nas respostas que devem ser dadas”, observou.
"Em alguns centros de saúde tem havido mesmo um entupimento no acesso aos cuidados”, realçou. Facto que motiva, na sua óptica, "a necessidade uma reorganização no funcionamento dos Centro de Saúde".
Paulo Cafôfo refere ainda que este “não é um problema que vem de agora”, mas que se têm agravado ainda mais com esta situação.
“Esta poderá ser uma oportunidade de, aproveitando a experiência que adquirimos no combate à covid-19, reorganizar todo o modelo, com outra estruturação e uma visão de futuro. Uma visão que seja mais eficiente, mais transparente, mais rigorosa e eticamente responsável”, sustentou.
Aponta ainda que “o subfinanciamento na Saúde existe e é preciso um maior investimento, particularmente, nos recursos humanos, como sejam médicos e enfermeiros de família, mas também de assistentes operacionais".
“Porque o acesso gratuito e universal à saúde deve ser garantido a todos os madeirenses e porto-santenses”, concluiu.