Mais duas regiões espanholas com uso permanente de máscara
Em Galiza e Castela-Leão passa a ser obrigatório o uso de máscaras em todos os espaços, sejam abertos ou fechados
As comunidades autónomas da Galiza e de Castela-Leão decidiram juntar-se àquelas que tornaram obrigatório o uso de máscara no interior e no exterior, mesmo no caso em que haja distanciamento social.
A Galiza alargou o uso obrigatório das máscaras "tanto em espaços abertos como fechados, desde que possam estar outras pessoas e mesmo que haja uma distância de 1,5 metros".
O anúncio foi feito hoje pelo presidente da Junta (Governo regional) em exercício, Alberto Núñez Feijóo, que indicou que é necessário "dar um passo em frente", uma vez que se está a verificar em toda a Espanha que a situação é "de risco máximo".
O líder regional recordou que no passado dia 25 de junho a Galiza foi "a primeira comunidade" a recomendar o uso permanente de máscara.
Haverá exceções à regra, para que não tenham de usar máscara as pessoas com riscos respiratórios, as que vivem juntas, tanto em espaços abertos como fechados.
Por seu lado, o presidente do Governo regional de Castela-Mancha também anunciou hoje que o executivo regional vai aprovar na próxima terça-feira a utilização obrigatória da máscara em toda a comunidade de forma permanente.
A medida apenas não foi ainda tomada nas comunidades de Madrid, Ilhas Canárias e Valência, enquanto as cidades autónomas de Melilla e Ceuta, no norte de África, deverão aprovar a mesma disposição nos próximos dias.
O aumento dos casos de contágios de covid-19 levou hoje o governo regional da Catalunha a dar um passo suplementar e recomendar aos habitantes da área metropolitana de Barcelona para "ficarem em casa" e só saírem em caso de necessidade.
O executivo desta comunidade apelou aos cidadãos da capital da região para não irem passar o fim de semana a segundas residências e anunciou o encerramento de cinemas, teatros e discotecas, e a proibição de reuniões com mais de dez pessoas assim como as visitas a lares.
O ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa, disse hoje numa entrevista a uma rádio que na totalidade do país existem 158 surtos da pandemia de covid-19 ativos, estando a maioria deles numa situação controlada.
O responsável governamental admitiu a sua preocupação com os surtos nas comunidades autónomas de Aragão e Catalunha.
A política sanitária está descentralizada, em Espanha, e as medidas de luta contra a pandemia são da responsabilidade de cada uma das 17 comunidades autónomas.
A Espanha contabilizou 580 novos casos de infeção pelo novo coronavírus na quinta-feira, o que representou um novo máximo diário desde o fim do estado de emergência, em 21 junho passado.
Dos 580 novos casos de infeção, 266 foram diagnosticados em Aragão e 142 na Catalunha.
Os números globais do país, desde o início da pandemia, apontam para 258.855 casos de infeção.
Nos últimos sete dias foram contabilizadas nove mortes associadas à doença covid-19.
Em termos totais, e desde o início da pandemia, Espanha regista 28.416 vítimas mortais (com testes positivos à covid-19).
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 590 mil mortos e infetou mais de 13,83 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (138.360) e mais casos de infeção confirmados (mais de 3,57 milhões).
Seguem-se Brasil (76.688 mortos, mais de 2 milhões de casos), Reino Unido (45.119 mortos, mais de 292 mil casos), México (37.574 mortos, mais de 324 mil casos), Itália (35.017 mortos e mais de 243 mil casos), França (30.120 mortos, cerca de 209 mil casos) e Espanha (28.416 mortos, mais de 258 mil casos).