Directora do Instituto CASLA denuncia torturas contra cidadãos portugueses na Venezuela
Tamara Suju, directora executiva do Instituto CASLA, vai denunciar, esta tarde, perante a Procuradoria-Geral da República, os casos de três cidadãos lusodescendentes detidos na Venezuela, "vítimas de detenção arbitrária, tortura e tratamento cruel e violações do devido processo, induzidos nas altas esferas do poder". Para isso, conta com o apoio dos advogados Ana Cristina Monteiro e Alejandro Mena.
"Acudimos à Justiça Portuguesa, porquanto está estabelecido na legislação em vigor e nas convenções internacionais assinadas por Portugal, que proíbem expressamente a tortura, o tratamento cruel, desumano e degradante, o Estado português tem a obrigação de garantir a vida e integridade física dos seus nacionais, residam ou não no país, e investigar os crimes da Lesa Humanidade que são de transcendência internacional, no intuito que os mesmo não fiquem impunes", refere Tamara Suju num comunicado que enviou à comunicação social.
No mesmo documento, a directora do instituto CASLA refere que ""na Venezuela não existe um Estado de Direito, uma declaração feita até pela Alta Comissariada dos DDHH no seu último relatório, em virtudes de que nestes casos de perseguição política, não houve uma investigação séria, independente e imparcial para determinar os responsáveis das torturas sofridas por Vasco da Costa, Major Adrián de Gouveia e Coronel Rodríguez Dos Ramos."
“Solicitamos à Procuradora-Geral da República, abrisse uma investigação formal sobre os crimes relatados e que exercesse uma proteção judicial eficaz para estas vítimas”, termina.