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O Estado, o esboço, as viúvas e o chantagista

Urgente será, sem dúvida, uma viragem na política de prioridades do executivo insular

O debate sobre o Estado da Região da semana passada demonstrou, inequivocamente, três aspetos: a obsessão pelo bicho papão do Governo da República; o interesse único e exclusivo pelo aumento da receita (descorando a componente da redução da despesa pública), e a ciumeira institucional do Presidente do Governo relativamente ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Costuma-se dizer: quem olha para onde todos olham, não vê nada. Miguel Albuquerque olha demasiado tempo para a República, para despiste deliberado da discussão da matéria regional.

A estratégia do PSD e do CDS na Região surge alimentado pela constante presença do inimigo externo, com origem na metrópole.

Todos nós sabemos que a República é centralista, tal como a própria Região o é, com os municípios de outra cor politico-partidária.

O “VERDADEIRO ESTADO DA REGIÃO”

O verdadeiro estado da Região não se compadece com a análise da situação económica e social. A Região sobrevive com quase 45 mil trabalhadores em lay off; com quase 18 mil indivíduos sem emprego, com pensionistas e reformados sem complemento social e certamente com os índices de pobreza numa curva ascendente, ao ritmo de 2018.

Urgente será, sem dúvida, uma viragem na política de prioridades do executivo insular.

O “ESBOÇO”

A reforma da administração portuária tem vindo a ser sucessivamente adiada. Miguel Albuquerque prometeu a sua conclusão até ao final do mandato, apesar da ação administrativa. Coadjuvado por Pedro Calado, ao garantir, também, que o governo regional “não vai terminar a legislatura sem fazer a revisão da operação portuária”.

Revelado, na semana passada, um documento de um acordo que visava a suspensão da ação judicial, Miguel Albuquerque nada responde sobre os termos do eventual acordo, revelando ter um “esboço”.

A reforma da administração portuária é uma promessa falhada e um plano para enganar os incautos.

“ENGANAR VIÚVAS E COMOVER VELHINHAS” (SIC), MIGUEL ALBUQUERQUE DIXIT

Tem sido desta forma, de diminuta “visão de estado” que Miguel Albuquerque tem respondido às minhas questões, sobretudo sobre a ação do seu executivo. Uma brejeirice, que roça uma falta de respeito pela arte da argumentação.

Para não referir, as frequentes mentiras descaradas de Miguel Albuquerque, tais como as de injustamente ter acusado o atual executivo de Santa Cruz de ter cobrado o consumo de água, numa altura em que a ARM a isentou. Nada de mais falso. Santa Cruz não sou isentou, como duplicou o período de apoio, pagando do seu orçamento o restante período que a ARM não isentou.

Algumas vedetas, do douto engenho do ressabiamento, residentes temporárias do Caniço, tentaram ofuscar essa evidência. Todavia, quando os fatos são verdadeiros não existem argumentos.

A CHANTAGEM DE ALBERTO JOÃO JARDIM

Para os mais esquecidos, Alberto João Jardim (AJJ) tem um fascínio especial pelo Movimento Juntos Pelo Povo. Uma espécie de espinha atravessada, que experimentou e ainda não a digeriu. Apesar de tentado, vezes sem conta, chantagear e impor a cultura do medo às populações.

Duas frases, publicadas por de AJJ, mostram o estado a que chegou o uso e o abuso das vozes e do aparelho do “Estado” (versus Região).

Na Camacha, em setembro de 2013, “Eu não resolvo coisa nenhuma se Santa Cruz votar mal”. Ou ainda, ”Se estes senhores ganharem, garanto-vos que esta câmara será executada”(sic).

Reside, aqui, a verdadeira escola do jardinismo, que surge agora refinada, moída ou polida pelos renovadinhos.

Os “pequenos” convidam AJJ para provar uma dose moderada da “poção milagrosa” do Mestre Jardim (de Gaula)!

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