EUA executaram esta semana segundo condenado à morte
Os Estados Unidos executaram hoje, com uma injeção letal, um condenado à morte, a segunda execução na semana em curso, apesar da contestação dos advogados de defesa que consideraram ilegal a condenação alegando demência do sentenciado.
Wesley Ira Purkey, natural do Kansas, foi executado no Complexo Correcional Federal de Terre Haute (Indiana) depois de ter sido considerado culpado pelo rapto, violação e assassínio de uma jovem de 16 anos, que desmembrou, queimou e deitou as cinzas numa fossa assética a 320 quilómetros de distância do local do crime.
Purkey fora já condenado por um tribunal estadual do Kansas após ter utilizado um martelo para matar uma mulher de 80 anos, pelo que foi condenado à pena de prisão perpétua.
"Seguir para a execução de Purkey agora, apesar das graves questões e os factos entretanto relevados em relação á sua competência mental, levanta uma série de dúvidas constitucionais sobre o mais irrevogável dos ferimentos", argumentou a juíza do Supremo Tribunal Sónia Sotomayor.
O Supremo Tribunal abriu caminho para a execução de Purkey ao votar favoravelmente (5-4) poucas horas antes a decisão de avançar para a injeção letal.
Na terça-feira, Daniel Lewis Lee, 47 anos, natural de Yukon (Oklahoma) foi executado, por injeção letal e na mesma prisão federal, a primeira execução de um condenado à morte nos Estados Unidos da América nos últimos 17 anos.
A decisão de retomar as execuções 17 anos depois tem sido criticada como uma "manobra política perigosa" em ano de eleições presidenciais (03 de novembro próximo), trazendo a lume um tema que não está na lista das principais preocupações dos norte-americanos.
Ainda hoje, o Supremo Tribunal norte-americano "calendarizou" as próximas execuções pelo mesmo método, uma delas para sexta-feira e outras para agosto.