Polícia detém manifestantes contra Putin em Moscovo
A polícia de Moscovo anunciou a detenção hoje de mais de 130 pessoas durante protestos contra a reforma constitucional que permite a Vladimir Putin manter-se como Presidente da Rússia até ao ano 2036.
De acordo com a polícia, foram presos 132 manifestantes mas o grupo russo de defesa de direitos, liberdade e garantias OVD-Info afirma que foram detidas 147 pessoas durante os protestos em Moscovo.
Centenas de pessoas concentraram-se hoje no centro da capital numa manifestação tendo também recolhido assinaturas para uma petição que contesta as emendas constitucionais que permitem ao Presidente Vladimir Putin manter-se no poder até 2036.
A revisão constitucional promove os "valores da pátria" e da "fé", desvaloriza o poder da legislação internacional e proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
As mudanças legislativas, fortemente criticadas por observadores internacionais, foram votadas num referendo marcado por inúmeras irregularidades.
A manifestação de hoje foi organizada pelos ativistas do movimento "No" que contestam abertamente as reformas.
O protesto não foi autorizado sendo que as detenções decorreram durante uma marcha que bloqueou o trânsito no centro de Moscovo.
Imagens da manifestação mostram a polícia antimotim a arrastar os manifestantes que resistiram às detenções.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas da Rússia, Vladimir Solovyov disse à agência Interfax que vários repórteres que estavam fazer a cobertura da manifestação também foram presos.
O sindicato pediu a imediata libertação dos jornalistas.
Uma outra manifestação de protesto contra Vladimir Putin foi organizada na cidade de São Petersburgo.