Turismo

Alojamento turístico registou cerca de 3 mil dormidas em Maio

Entre Janeiro e Maio de 2020, as unidades de alojamento turístico registaram mais de 1,3 milhões de dormidas, representando uma quebra de 53,8%, sendo que em Maio foram apenas 3 mil dormidas (em Abril tinham sido quase 2.200) de 908 hóspedes (em Abril tinham sido apenas 98), o que representa uma quebra de 99,5% face ao mesmo mês de 2019.

Em Maio de 2020, "todas as regiões registaram decréscimos das dormidas superiores a 80%, com as maiores reduções a verificarem-se na RA Açores (-99,7%) e RA Madeira (-99,5%)", afirma o INE nos dados sobre o alojamento turístico fortemente impactadas pela pandemia da covid-19. "O Alentejo (-84,3%) foi a região onde se registou menor diminuição".

Já o Norte "concentrou 27,8% das dormidas, seguindo-se a AM Lisboa (27,7%), Centro (15,2%), Algarve (15,1%) e Alentejo (13,0%)". A Madeira que, tradicionalmente, é a terceira região com maior peso no turismo nacional, representou apenas 0,9%. No entanto, "no conjunto dos primeiros cinco meses do ano, as regiões que apresentaram menores diminuições foram o Alentejo (-52,3%) e a RA Madeira (-53,8%)", diz o INE.

A estada média no mês em causa na RA Madeira foi de 3,34 dias (-28,9%) e e a taxa líquida de ocupação-cama foi de 12,3%, representando uma variação homóloga de -48,6%. Os proveitos, como é óbvio, só servem para registo negativo deste período. "Todas as regiões registaram decréscimos expressivos nos proveitos em Maio, com maior enfoque na RA Açores (-99,8% nos proveitos totais e nos de aposento) e na RA Madeira (-99,8% nos proveitos totais e -99,7% nos de aposento)", afirma o INE.

No global do país, "o setor do alojamento turístico registou 149,8 mil hóspedes e 307,0 mil dormidas em Maio de 2020, correspondendo a variações de -94,2% e -95,3%, respetivamente (-97,7% e -97,4% em Abril, pela mesma ordem). As dormidas de residentes recuaram 85,9% (-93,5% em abril) e as de não residentes decresceram 98,4% (-98,9% no mês anterior). Os proveitos totais registaram uma variação de -97,2% (-98,5% em abril), fixando-se em 11,0 milhões de euros. Os proveitos de aposento atingiram 9,6 milhões de euros, diminuindo 96,8% (-98,2% no mês anterior)", assegura.

Também em Maio de 2020, "as dormidas na hotelaria (56,6% do total) diminuíram 96,8%. As dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 36,4% do total) decresceram 87,7% e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 7,1%) recuaram 86,2%. As dormidas em hostels registaram uma diminuição de 89,9% em maio, representando 19,4% das dormidas em alojamento local e 7,1% do total de dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico".

No caso das "dormidas de residentes representaram cerca de 3/4 do total de dormidas em maio". Ou seja, "o mercado interno (peso de 74,3%) contribuiu com 228,1 mil dormidas, o que representou um decréscimo de 85,9% (-93,5% em abril). As dormidas dos mercados externos diminuíram 98,4% (-98,9% no mês anterior) e atingiram 78,9 mil. No conjunto dos primeiros cinco meses do ano, verificou-se uma diminuição de 59,6% das dormidas totais, resultante de variações de -50,6% nos residentes e de -63,2% nos não residentes".